Cotidiano

A máscara, a lâmpada e o olhar de Jesus

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Mario Augusto Brandão

Com a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, muitos hábitos e costumes da sociedade brasileira e mundial foram rapidamente alterados. Além do distanciamento social, do cuidado mais meticuloso com a higiene, um acessório passou a ser peça imprescindível no convívio entre os seres humanos: a máscara.

Cirúrgicas ou feitas de tecido de algodão, tricoline, TNT, entre outros, coloridas, estampadas ou não, seu uso modificou a paisagem do cotidiano, tendo como tarefa principal aumentar a segurança do indivíduo, minimizando os riscos de contágio com o vírus.

Por outro lado, ao deixar apenas os nossos olhos de fora, a máscara nos “obriga”, ao nos comunicar, a prestar maior atenção ao olhar de nosso interlocutor e vice-versa. As expressões faciais, o próprio contorno do rosto, dão espaço apenas à visão dos que dialogam conosco, seja na rua, seja no supermercado e, principalmente, nos hospitais. Sem dúvida alguma, uma experiência nova e rica oportunidade de aprendizado.

É diante desse novo panorama no relacionamento humano que me recordo de profunda assertiva de Jesus, em Seu Santo Evangelho, segundo Mateus, 6:22 e 23:

A LUZ E AS TREVAS

22  São os olhos a lâmpada do corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso;

23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!

Aos que, porventura, indaguem: “E como ficam os Irmãos privados da visão material, de que maneira se encaixariam nessa observação do Taumaturgo Celeste?”, há décadas, ao se referir a esses versículos bíblicos, nosso Irmão Paiva Netto chama-nos a atenção para a necessária análise, em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento de Jesus: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35). Partindo dessa premissa, compreendemos que não seriam somente os olhos da carne, mas, principalmente, os do Espírito que necessitam dessa iluminação espiritual superior.

E essa oportunidade de se iluminar pela Verdade de Deus fica caracterizada em vários trechos da Bíblia Sagrada, pela palavra “lâmpada”, em especial na Boa Nova e no Apocalipse do Cristo, ressaltando o valor da iluminação interna. Aliás, no último livro do Cânone Sagrado, encontramos três referências, com destaque para o capítulo 21, versículo 23. Na descrição da Nova Jerusalém, João Evangelista revela: 

23 A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória divina a iluminou, sua lâmpada é o Cristo de Deus. (grifo nosso)

 

Se Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, é a iluminação da Cidade Santa, tendo Ele mesmo dito que os olhos são a lâmpada do corpo, quão luminoso é o olhar de Jesus.

Por falar nisso, o saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979), durante o programa Jesus está Chamando!, fez a leitura de página magistral do Espírito Emmanuel, pela psicografia do Legionário da Boa Vontade Francisco Cândido Xavier (1910-2002), intitulada “O Olhar de Jesus”. Posteriormente, como fiel guardião das mensagens do antecessor, o Irmão Paiva Netto a publicou em seu livro A Bíblia para o Povo (1988).

Para finalizar, a reproduzo na sequência, para deleite dos que me honram com a leitura destas modestas linhas. Em certo momento da pregação, Zarur, após fazer a apresentação das Bem-Aventuranças do Sermão da Montanha de Jesus (Evangelho, segundo Mateus, 5:3 a 12), comentou:

 

(…) aqui está, exatamente, o introito do Sermão da Montanha: as Bem-Aventuranças, que são sete, e sintetizam todo o ensinamento moral do Cristo de Deus. Em plena Cruzada do Novo Mandamento, não vejo nada mais aconselhável que a rememoração desta obra-prima bíblica que, para mim, é a mais bela página do Novo Testamento. Claro que temos muito que evoluir para olhar o mundo com os olhos do Cristo. Ele disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai a Deus senão por mim”, isto é, passando pelas mesmas provas pelas quais Eu passei. Mas para chegarmos a olhar o mundo e os homens com os olhos do Cristo, temos ainda que “comer muita farinha”. Não é assim que fala o povo? Temos que crescer e aparecer. Cresça e apareça. Vejam aqui, nesta joia de mensagem do velho Emmanuel, O Olhar de Jesus”:

Meus Irmãos, recordemos o olhar compreensivo e amoroso do Mestre Divino, a fim de esquecermos a viciosa preocupação com o argueiro que, por vezes, aparece no campo visual dos nossos Irmãos de luta. Jesus jamais se deteve na faixa escura dos companheiros de caminhada.

Em Bartimeu, o cego de Jericó, não encontra o homem inutilizado pela treva, mas, sim, o amigo que poderia tornar a ver, restituindo-lhe, desse modo, a visão que passa, de novo, a lhe enriquecer a existência.

Em Maria Madalena, não enxerga a mulher possuída pelos gênios do mal, mas, sim, a mulher sofredora e, por esse motivo, lhe restaura a dignidade própria, plasmando nela a beleza espiritual renovada que lhe transmitiria, mais tarde, a divina mensagem da ressurreição eterna.

Em Zaqueu, não identifica o expoente da usura, da apropriação indébita, e sim o missionário do progresso enganado pelos desvarios da posse. E, por essa razão, Jesus lhe devolve o trabalho e o raciocínio à administração justa e sábia.

Em Pedro, no dia da negação, não repara o cooperador enfraquecido, mas, sim, o aprendiz invigilante, a Lhe exigir compreensão e paciência, e, por isso, Jesus o transforma) com o tempo, no baluarte seguro do Evangelho nascente, operoso e fiel, até o martírio da crucificação.

No próprio Judas Iscariotes, não surpreende o discípulo ingrato, mas, sim, o colaborador traído pela própria ilusão. Embora o sabendo fascinado pela honraria terrestre, sacrifica-se até o fim, aceitando a flagelação e a morte para lhe dar o amor e o perdão que se estenderiam pelos séculos, soerguendo os vencidos e amparando a justiça das nações.

Meus Irmãos, busquemos algo do olhar de Jesus para os nossos olhos, e a crítica malévola será definitivamente banida do mundo da nossa consciência, porque, então, teremos atingido o grande entendimento que nos fará discernir em cada ser no caminho, ainda mesmo quando nos mais inquietantes espinheiros do mal, um Irmão nosso, necessitado, antes de tudo, do nosso auxílio e da nossa infinita compaixão.

Que possamos buscar inspiração no olhar misericordioso do Cristo para que jamais nossa visão fique turva pela ignorância espiritual, a pior cegueira que pode acometer o ser humano e seu Espírito Eterno!

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