JESUS ESTÁ CHEGANDO!

Acordes do Espaço-Tempo

Na abertura do editorial da edição 127 da revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!, de março de 2017, “Fim dos Tempos e os perseverantes em Jesus”, o escritor Paiva Netto, destaca o versículo 32, do capítulo 13, do Evangelho do Acadêmico Celeste, segundo Marcos: “A respeito, porém, desse dia ou dessa hora ninguém sabe, nem os Anjos do Céu nem o Filho, mas somente o Pai”.

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Juliano Bento

Juliano Bento

Com isso, o autor mais uma vez nos desperta para a natureza do “Espaço-Tempo de Deus”, como chave para compreendermos as Profecias. Dentre elas, a maior de todas: a Volta Triunfal de Jesus. Esse instigante tema nos faz questionar de que modo esse mecanismo Espaço-Tempo-Profecia se relaciona com as teorias físicas vigentes. Estudar tal ponto nos auxilia a entender o quesito “como” e “quando” do Regresso do Divino Mestre à Terra, bem como amplia as fronteiras da Ciência natural em suas bases.

O entoar científico do Cosmos e a nova Ciência

Nas diversas análises e estudos científicos, desde a Cosmologia*2 até o estudo das partículas elementares, podemos perceber que existe uma espécie de engrenagem matemática que, ao ser colocada numa equação, a modifica de tal forma que se consegue descrever melhor um processo da Natureza antes muito complexo. Por exemplo, conseguimos modificar soluções já estabelecidas pela equação de onda eletromagnética, a qual descreve desde as diferentes formas de luz até ondas de rádio, raios X, micro-ondas etc. A título de informação, para descrever feixes ou pulsos complexos obtidos numericamente ou via experimental, basta administrar estruturas matemáticas e aproximações nestas. Exemplo seria o desenvolvimento de Albert Einstein (1879-1955) na Teoria da Relatividade Geral.

Quando isso é realizado, podemos notar uma ressonância da equação com a Natureza, tal qual uma estação de rádio que finalmente se alinha depois de muito se procurar nas frequências caóticas e confusas de um sintonizador. Talvez, pelo aprofundamento muito técnico, tais sistematizações da Natureza acabam restringindo-se a mera manipulação de métodos a fim de resolver problemas. Mas, com um pouco de treino, aprendemos a reconhecer a canção entoada nos acordes matemáticos. E, muitas vezes, esse som é ouvido antes mesmo de uma equação terminar. Quando a formulação surge, é como se os ecos do Universo de uma Ciência antiga e eterna fossem amplificados. Como o Irmão Paiva diz: “O Universo de Deus é a mais bela partitura musical jamais criada”.

Provavelmente, enquanto Isaac Newton (1643-1727) escrevia seu livro Princípios Matemáticos da Filosofia Natural (Philosophiae Naturalis Principia Mathematica), ouvia os sons produzidos pelas Leis do Movimento Universal antes mesmo de enuncia-las, ao perceber como os corpos saem da inércia ao adquirirem uma força externa para criar planetas, sóis, galáxias, quasares*3 e nossos corpos. Quando James Clerk Maxwell (1831-1879) unificou a eletricidade e o magnetismo, ao que denominamos hoje de “Equações de Maxwell”, a luz foi pela primeira vez compreendida em essência matemática. Uma música foi entoada, estimulando Max Planck (1858-1947) e Einstein a desenvolverem os postulados do quantum de energia, os fótons, que propiciaram o surgimento de uma luminosa canção que arrebatou toda a Ciência do século 20.

Mas, hoje, perdura um silêncio solene que antecede a orquestra dos infinitos instrumentos e notas jamais ouvidas. E tal como um maestro, Paiva Netto iniciou o prelúdio da maior revolução científica ao nos trazer a Equação da Integridade Espírito-EspAcial-Temporal*4 dentro da Teoria DO Tudo. Seus acordes, ritmos e padrões verificaram-se por toda a Ciência ao longo dos séculos. Percebemos, assim, que a Ciência até agora foi um ensaio para esse momento.

A chegada dessa revolução é certa, pois são as Leis Universais, evidenciadas pelo Nosso Amado Mestre Jesus, o Cientista Celeste, Senhor do conhecimento universal. Paiva Netto destaca: Deus não tem forma humana. Logo, não se trata do que, de modo tão restritivo, alguns até hoje cogitam a Seu respeito, mesmo no mundo acadêmico. O ser humano por enquanto não O vê, mas pode senti-Lo toda vez que, em verdade, ama, e Dele se afasta quando odeia. Deus seria, matemática e poeticamente, uma Sublime Equação, cujo resultado é o Amor Infinito; portanto, O TUDO. Diante disso, gostaria de contribuir um pouco para a compreensão da Equação da Integridade Espírito-EspAcial-Temporal — questão central no deslindamento da estrutura do Espaço-Tempo-Profecia.

 

Paiva Netto e a Equação da Integridade Espírito-EspAcial-Temporal

Acerca dessa equação, realizamos aqui algumas considerações:

Richard Feynman (1918-1988), físico norte-americano, ateu e ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1965, discorrendo sobre a necessidade da Matemática para sistematizar a Natureza, dizia-se frustrado por não conseguir descrever sequer uma minúscula parte do espaço-tempo: “(…) De acordo com as leis que conhecemos hoje, um computador precisaria de um número infinito de operações lógicas para calcular o que acontece numa região qualquer do espaço, não importa quão pequena, em um intervalo qualquer de tempo, não importa quão pequeno. Isso sempre me incomodou. Como pode caber tanta coisa num espaço tão pequeno? Por que é necessária uma quantidade infinita de lógica para descobrir o que um pedacinho do espaço-tempo vai fazer?”*5. Talvez a afirmação de Feynman seja verdadeira, mas uma solução vem da própria definição Equação da Integridade Espírito-EspAcial-Temporal, ou seja, integrar o Espírito ao espaço-tempo. Mas, sendo o Espírito definido como energia inteligente, como o Irmão Paiva desenvolve em “Matéria também é Espírito”, e dotado de livre-arbítrio, como descrevê-lo matematicamente nessa equação?

Buscando solucionar isso, uma possibilidade seria tratar o espaço-tempo como um superfluido, conforme vemos descrito em artigo publicado na revista Scientific American*6:“Muitas vezes imaginamos o espaço e o tempo como panos de fundo fundamentais para o Universo. Mas, e se eles não forem fundamentais, sendo construídos em vez disso de ingredientes menores que existem em uma camada mais profunda da realidade que não podemos sentir? Se esse fosse o caso, as propriedades do espaço-tempo ‘emergiriam’ da física subjacente de seus elementos constituintes, assim como as propriedades da água emergem das partículas que a compõe”.

E continua o texto: “‘Existem muitas tentativas de quantizar gravidade — a teoria das cordas e a gravitação quântica em laços (loop quantum gravity) são abordagens alternativas, sendo que as duas podem alegar de ter feito bom progresso’, observa Stefano Liberati, um físico da Escola Superior Internacional de Estudos Avançados (a Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati, ou SISSA), em Trieste, na Itália. ‘Mas talvez não seja necessário quantizar a gravidade; é preciso quantizar esse objeto fundamental que cria espaço-tempo’[grifo nosso]. Em outro ponto, a matéria afirma: “De fato, ao examinarem observações de fótons de alta energia voando através do Universo a partir da Nebulosa do Caranguejo, os físicos [Liberati e seu colega Luca Maccione, da Universidade Ludwig Maximilian, em Munique, Alemanha] foram capazes de descartar certas versões do espaço-tempo emergente, constatando que se ele de fato é um fluido, deve ser um superfluido. Os pesquisadores divulgaram seus resultados em 14 de abril [de 2014] na publicação científica Physical Review Letters”.

Se o Espírito se revestisse (ou fosse!) desse superfluido espaço-tempo, teríamos algumas consequências muito interessantes, pois este seria literalmente a Profecia, composta de “partículas de profecia”, conforme Paiva Netto afirma. O Dia do Senhor*7 seria a mais perfeita solução da Equação da Integridade Espírito-EspAcial-Temporal, possibilitando, em estágios mais purificados do Espírito, a criação de mundos, sóis e sistemas planetários, visto que sua solução DEFINE o Universo!

Contudo, existe uma questão: se o Espírito é o espaço-tempo, a matéria o deformaria pela gravidade, como a relatividade geral afirma. Isso, a priori, não faz muito sentido. Entretanto, podemos inverter o raciocínio. De acordo com Paiva Netto: “O segundo passo para nossa integração em Deus se dá — mais adiantado, em virtude da vivência dessa Supina Lei de Amor Infinito, apresentada pelo Legislador Excelso, Jesus — à medida que nos integrarmos no Dia do Senhor, ou seja, no espaço-tempo divinos. Assim, nos tornaremos espaço-tempo de Deus e seremos a própria Profecia.

Ou seja, e se não for a massa que distorce o espaço-tempo, mas o contrário, o espaço-tempo que manipula a matéria? Ao que parece, seria somente uma questão de interpretação de causa e consequência. Se hoje a teoria da Relatividade Geral define que uma massa está deformando o espaço-tempo, a partir dessa nova visão que apresentamos
aqui, tendo por base as definições de Paiva Netto, propomos que haveria uma deformação intrínseca no espaço-tempo onde a massa se localiza, manipulando e alocando a matéria (portanto, não seria a massa deformando o espaço-tempo). Seria como se esse sistema de coordenadas fosse um perfil que a massa ocuparia.

Então, pensemos no jogo lógico: se o espaço-tempo é o agente responsável pela manipulação, alocação e desenvolvimento da matéria em si mesmo, então o sistema de coordenadas é determinado por uma inteligência intrínseca com possíveis propriedades superfluídicas, a que denominamos aqui de Espírito. Quando falamos em inteligência intrínseca, queremos dizer que, se existem Leis físicas e o caos parcialmente enunciado, podemos propor uma inteligência intrínseca nos sistemas para que todas essas normas se façam cumpridas. Do contrário, quem garantiria que o Universo cumpre suas próprias leis?

Se isso for comprovado, provavelmente veremos que o processo de Reencarnação é mais complexo do que o concebemos hoje. O Espírito deformaria o espaço-tempo ao seu redor, permitindo o perfeito encaixe com seu corpo astral, a matéria perispirítica, sutil, bruta etc.

Então, para compreendermos como se dará a Volta de Jesus ao planeta Terra, necessário se faz a integração do nosso Espírito no Espaço-Tempo de Deus, no Dia do Senhor, para que a Profecia se realize por nosso intermédio e a concretizemos no nosso espírito-matéria-espaço-tempo, visto que, a partir do que estudamos aqui, somos as próprias dimensões da malha do Eterno.

Novas perspectivas surgem, e a Ciência da Alma aparenta ser a chave para uma reformulação da estrutura da matéria como a conhecemos. São os acordes da nova compreensão do Espaço-Tempo surgindo no plano do conhecimento humano.

 


*1 Juliano Carvalho Bento é doutorando em Física pela Unicamp. Atua como professor de Física e Matemática no Instituto de Educação José de Paiva Netto, em São Paulo, SP.

*2 Cosmologia — Do grego cosmos (mundo) e logia (estudo de), é o estudo terreno da origem, da evolução e do eventual destino do Universo. Na Física, busca a origem, estrutura e dinâmica de grandes escalas que governam essas realidades. Na foto, imagem do Campo Ultra Profundo do telescópio Hubble (em inglês, eXtreme Deep Field — XDF), que registrou a, até então, mais distante imagem do Universo. Cientistas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) acreditam ter alcançado imagens de espectros de galáxias criadas há 13 bilhões de anos. Ao falar sobre as muitas moradas na Casa do Pai (Evangelho, segundo João, 14:2), Jesus já apresentava a Ciência Divina que trazia consigo, haja vista Sua afirmativa: “Antes que houvesse mundo, Eu já existia” (Boa Nova, consoante João, 8:58).

*3 Quasares — Situam-se a distâncias extremas, sendo, em relação à Terra, os elementos mais longínquos do Universo. Sua radiação pode ser até um milhão de vezes superior a de uma galáxia. São os maiores emissores de energia conhecidos.

*4 Equação da Integridade Espírito-EspAcial-Temporal — Leia mais sobre o assunto no livro Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós (2014), do escritor Paiva Netto (Editora Elevação).

*5 Livro Sobre as leis da Física, de Richard Feynman (Editora Contraponto e Editora PUC-Rio).

*6 Scientific American — Para ler o artigo na íntegra, acesse: www2.uol.com.br/sciam/noticias/espaco-tempo_deve_ser_superfluido.html.

*7 Dia do Senhor — Refere-se à passagem do Apocalipse de Jesus, 1:10.

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