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Publicado na seção JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 147
Um dos pilares do Direito Contemporâneo, estabelecido após a Segunda Guerra Mundial, é o chamado Princípio da Dignidade da Pessoa Humana*. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece-o, no seu Artigo 1o, inciso III, como um dos fundamentos de nossa nação. Esse conceito é deveras abrangente e alvo de muitas discussões no campo jurídico. Neste ensejo, uma pergunta se faz: o ser humano possui mesmo sua Dignidade garantida? Será que todos os importantes esforços dos dispositivos legais são suficientes para garantir esse respeito?
Consoante o Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa, o termo dignidade é entendido como “respeito a seus valores ou sentimentos; amor-próprio”. Diante do exposto, iniciamos a nossa reflexão: Os seres humanos, em totalidade, procedem de maneira respeitosa, honrosa e nobre uns para com os outros, independentemente de classe social, etnia, crença religiosa? Pode-se dizer, na conjuntura atual, que há total grandeza moral na conduta das pessoas? Refletindo sobre o execrável racismo que ainda envergonha a humanidade, a inqualificável intolerância religiosa e a inaceitável miséria que aflige grande parte das criaturas humanas, espiritual e materialmente, percebemos que “a sagrada pessoa humana”, que acima de tudo é um Espírito Eterno, ainda não tem a sua dignidade de maneira plena. É importante ressaltar o que ensina o Irmão Paiva: “Estamos corpo, mas somos Espírito”.
Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, em Sua Primeira Vinda Visível ao orbe terrestre, deixou-nos inúmeros exemplos da vivência do princípio divino da Dignidade. Um dos que mais chama atenção, certamente, é o Seu colóquio com uma mulher samaritana (Santo Evangelho de Jesus, segundo João, 4:1 a 30). Percebamos as minúcias: Naquela época, as mulheres nem sequer eram contadas entre as pessoas, suas opiniões não eram consideradas, devendo ser totalmente sujeitadas aos homens. Por sua vez, os samaritanos não se comunicavam com os judeus, fruto de graves divergências históricas, mesmo tendo os dois povos a mesma raiz de crença, pois ambos observavam os ensinamentos trazidos por Moisés em seu Pentateuco. Logo, ser mulher e oriunda de Samaria significava ter uma posição inferior em relação ao povo de Judá, linhagem terrena à qual Jesus pertencia. No entanto, o Divino Conciliador escolhe essa mulher para revelar, pela primeira vez, que Ele era o Messias prometido nas Sagradas Escrituras e que viera para trazer a verdadeira salvação à humanidade. Logo após, muitos do povo de Samaria passam a crer no Sublime Amigo, por conta do que viam e ouviam, tendo Ele ainda permanecido dois dias com aquele povo. Como podemos perceber, Jesus não apenas se revelou, mas exaltou e cuidou daquelas Almas, e destacadamente daquela mulher, rompendo as barreiras que os separavam.
Na Parábola do Bom Samaritano (Boa Nova, segundo Lucas, 10:25 a 37), o Cristo utiliza-se da conduta de um Irmão de Samaria — o qual prestou todo o socorro necessário a um homem que jazia semimorto na estrada de Jerusalém para Jericó — como exemplo a ser seguido por todos, mais uma vez valorizando esse povo. Portanto, Jesus agiu com dignidade para com os samaritanos, e nos convida a agir fundamentados no mesmo princípio. Os mais pobres, que sofrem com a desigualdade social, as mulheres, que, em pleno século 21, são discriminadas por serem do gênero feminino, os negros, que são alvo de preconceito racial, e tantos outros que não têm seus direitos basilares respeitados pela sociedade, podemos compará-los aos samaritanos dos tempos atuais, que aguardam pela merecida valorização, exaltação e glorificação espiritual e humana.
Como pudemos ver, Jesus deu-nos exemplos vivos de como proceder com Dignidade. Dessa forma, consideramos que a raiz desse princípio está nas Leis Espirituais, Celestes, que regem todo o Cosmos e que se consubstanciam na conduta do Divino Mestre. Sem a inspiração em Jesus, não haverá Dignidade pragmática, como conduta a ser seguida.
Para nos aprofundarmos nesse assunto, tomemos como exemplo a história de etnias em nossa pátria. Uma das marcas mais fortes do Brasil, desde o seu descobrimento, é a miscigenação. O Irmão Paiva, em seu artigo “A miscigenação do mundo é inevitável”, ressalta a importância desse processo no Brasil: “Volvendo os olhos para o meu país, a nossa pátria, cheia de gerações de ‘imigrantes’ esperançosos de que finalmente sejam integrados no melhor do seu tecido social, confirma-se a evidência de que possui um dos melhores povos do Planeta, e com características privilegiadas, em virtude de sua extraordinária miscigenação. É uma grei… globalizante…”. Lembro-me também de Darcy Ribeiro (1922-1997), antropólogo, escritor e político brasileiro, ressalta em sua obra O Povo Brasileiro — A formação e o sentido do Brasil como se deu nosso processo de constituição, com a “fusão das três raças” — a europeia, a indígena e a africana —, culminando em uma “quarta raça”, a brasileira. Mesmo diante disso, continuamos com índices alarmantes de racismo.
Ao nos voltarmos aos ensinamentos de Jesus, percebemos o Seu olhar compassivo para todas as camadas sociais. Conforme destacamos da doutrina ecumênica da Religião do Terceiro Milênio, por sermos Espírito Eterno, possuímos a mesma essência. Diante do exposto, o olhar das pessoas umas para com as outras deve ser o da igualdade e da equidade. O ser humano precisa observar o seu semelhante e entender que aquele corpo físico que ele vê é a vestimenta do Espírito imortal dele. A partir daí, passa a se enxergar como igual ao outro, possuindo as mesmas necessidades, e a vivenciar o que muitos chamam de Regra de Ouro, apresentada pelo Divino Mestre em Seu Santo Evangelho: “Fazei aos outros aquilo que quereis que os outros vos façam” (Boa Nova do Cristo, segundo Mateus, 7:12).
Entendemos que não há a Dignidade da pessoa humana sem o olhar espiritual sobre ela. Essa é a raiz desse princípio fundamental para o desenvolver da sociedade terrena, ao mesmo tempo que esta é uma Lei apresentada por Jesus, portanto, universal, um dos pontos que precisam ser estabelecidos para que possa haver o Seu retorno em definitivo à Terra.
A Volta Triunfal de Jesus ao planeta é o acontecimento mais esperado de todos os tempos. É uma promessa do próprio Cristo, que afirmou que irá retornar ao orbe terrestre: “Não vos deixarei órfãos, voltarei a vós” (Boa Nova, segundo João, 14:18); “Eis que Jesus vem com as nuvens, e todos os olhos O contemplarão, até mesmo os daqueles que O traspassaram. E todas as nações da Terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Amém!” (Apocalipse, 1:7). A Religião Divina tem como Supremo Objetivo preparar os caminhos para esse Retorno Glorioso.
No último livro da Bíblia Sagrada (7:9 a 17), encontramos a maravilhosa passagem “A Visão dos Glorificados”. Na conclusão dela, um dos anciãos diz a João: “pois o Cordeiro de Deus que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”. Certamente, a falta de ações dignas é motivo de sofrimento entre os seres humanos, como já vimos aqui. Mas nesse trecho do Apocalipse, vemos o restaurar da Dignidade da pessoa humana por meio da ação de Jesus e de Seus Emissários, valorizando-a, com cuidado e dedicação, fazendo-a superar o sofrimento afligidor.
Ainda no Livro da Revelação, o capítulo 21, versículo 4, traz semelhante relato: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, não haverá mais morte, não haverá mais luto, não haverá mais pranto, nem gritos, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. Como se vê, a Volta de Jesus ao planeta Terra, com a consequente instauração de Seu Reino de Paz, Justiça e Amor, é a consolidação definitiva do valor da Dignidade nos corações humanos, a honrar a todas as criaturas, que passam a tratar os outros e serem tratadas como merecem, de maneira respeitosa, fraterna e solidária. É o findar do preconceito racial, de gênero e de qualquer espécie, pois esse tipo de sentimento não faz sentido quando se vive a Lei Divina.
Imprescindível é ressaltar que os que amam Jesus e querem um mundo mais digno têm papel primordial nesse processo de acelerar a Volta do Cristo, perseverando, mesmo diante de grandes desafios, em ações firmadas nos ensinamentos Dele, as quais resgatam a Dignidade das criaturas. O Supremo Governante da Terra conta conosco.
Uma das bases do Reino do Estadista Celeste é a Justiça Divina, a qual “dá a cada um segundo as próprias obras”, conforme nos ensinou Jesus (Mateus, 16:27). Isto é, não pelo que a criatura possui de bens materiais, mas pelo que ela realiza, pelo que possui em seu coração. No primeiro livro da Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus — A saga heroica de Alziro Zarur (1914-1979) na Terra (2009), encontramos esta afirmativa do Irmão Paiva: “Tenhamos, pois, sempre em mente que a Fraternidade é a Lei. A Ética, a sua disciplina. A Justiça, a aplicação. Ninguém mais infeliz do que o indigente da Fé e da Caridade”. Podemos ver, a partir daí, que não há Dignidade sem Fraternidade, a qual é uma Lei Divina, uma chave de vitória espiritual e terrena.
Se queremos ver estabelecida a Dignidade da criatura humana, vivenciemos as lições de Jesus e garantiremos este princípio como uma norma, não somente legal, mas de conduta íntima. Convidamos você a atender ao chamado do Cristo “vivendo em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a Vinda do Senhor” (Segunda Epístola de Pedro Apóstolo, 3:11 e 12), por meio da prática do Amor Divino, que verdadeiramente dignifica o ser humano.
Difícil? Então, como nos diz o Irmão Paiva, comecemos já!
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