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Dando sequência à publicação de seu discurso histórico, no Templo da Boa Vontade, em outubro de 2009, o Presidente-Pregador da Religião de Deus, José de Paiva Netto, continua a convocar os leitores a analisarem as Ciências Econômicas e Sociais, pelo prisma da Espiritualidade Ecumênica. Desta vez, destaca na Astronomia bases para o entendimento de um Deus Universal, livre das concepções que O encarceram no planeta Terra que, como vamos aprender, também faz parte do céu astronômico, “gravitando alegremente no Sistema Solar”.
Com sua escrita universalista, o líder da Religião Divina faz constar na segunda parte de seu artigo ícones do conhecimento das esferas física e espiritual. Mostra que sabedoria e humildade corajosa são manifestações divinas da Criação, operando nos corações de Boa Vontade, independentemente do plano de existência que habitem.
Cada lição firmada nesta obra tem como referência os imorredouros ensinamentos de Jesus, o Estadista Divino. Assuntos como Reeducação Ecumênica, Economia da Misericórdia ou Genialidade do Coração trazem em essência a profundidade intelectual, solidária e santa do Evangelho e do Apocalipse do Cristo de Deus.
Antes do estudo, recomenda-se o minuto de silêncio, de sintonia com as Esferas Superiores e fazermos deste aprendizado um roteiro de integração em Deus.
Uma boa leitura, e, por conseguinte, uma excelente vivência.
Os Editores
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Queridas crianças, pré-juventude, juventude, mulheres e homens da Boa Vontade de Deus, sabemos que Jesus é Um com o Pai, Ele próprio o revelou (Evangelho segundo João, 10:30). E não desconhecemos a Sua forte advertência:
— Sem mim nada podereis fazer (Boa Nova consoante os relatos de João, 15:5).
Logo, temos à nossa disposição todas essas imprescindíveis admoestações — em Espírito e Verdade à luz do Mandamento Novo Dele mesmo, que é o Cristo Ecumênico. O que significa dizer: sem qualquer espécie de ranço que nos impeça de estudar os Ensinamentos Celestes e aplicá-los à Terra, que também faz parte do céu astronômico, gravitando alegremente no Sistema Solar (risos). Este, por seu lado, evolui, feliz, na Via Láctea (risos). Já pensaram nisso? Nós igualmente fazemos parte do céu dos que vivem em outros sistemas celestes… (risos). Reparem uma coisa. Quem, aí por fora, bem longe, ainda que no Sistema Solar, se encontre olhando neste instante (um alienígena, para sermos mais claros) para o alto, digamos, no remoto Júpiter, há de ver no firmamento, que de lá avista, um pontinho brilhante, azulado. A marquinha reluzente somos nós, o planeta Terra, que, naquelas bandas longínquas, certamente deverá ter outro nome. Ou seja, céu por céu, também estamos nele (risos)! Tudo depende da posição do observador, consoante também diria neste caso nosso amigo Einstein (1879-1955).
Que se deixe, pois, de falar e promover tanto o inferno, para que os povos possam mais se integrar em Deus, lembrando-se sempre Dele, em vez de viver a exaltar, em falas e pregações, o “poder de satanás”, que não é maior que o Pai Celestial.
Do instrutivo Obreiros da Vida Eterna*, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier (1910-2002), extraímos esclarecedora explanação da mentora espiritual Irmã Zenóbia, que ilustra bem essa turva imagem acerca do diabo:
— É lamentável — exclamou Zenóbia, com a manifesta intenção de restaurar-nos a tranquilidade [anota André Luiz] — que tantas inteligências humanas, desviadas do bem e voltadas ao crime, se consagrem aqui [nas regiões umbralinas] ao prosseguimento de atividades ruinosas e destruidoras.
A tragédia bíblica da queda dos anjos luminosos, em abismos de trevas, repete-se todos os dias, sem que o percebamos em sentido direto. Quantos gênios da Filosofia e da Ciência dedicados à opressão e à tirania! quantas almas de profundo valor intelectual se precipitam no despenhadeiro de forças cegas e fatais! Lançados ao precipício pelo desvio voluntário, esses infelizes raramente se penitenciam e tentam recuo benéfico… Na maioria das vezes, dentro da terrível insatisfação do egoísmo e da vaidade, insurgem-se contra o próprio Criador [como na história de Lúcifer], aviltando-se na guerra prolongada às Suas divinas obras. Agrupam-se em sombrias e devastadoras legiões, operando movimentos perturbadores que desafiam a mais astuta imaginação humana e confirmam as velhas descrições mitológicas do inferno (…).
Chegará, porém, o dia da transformação dos gênios perversos, desencarnados, em Espíritos de Luz pelo bem divino. Todo mal, ainda que perdure milênios, é transitório. Achamo-nos apenas em luta pela vitória imortal de Deus, contra a inferioridade do “eu” em nossas vidas. Toda expressão de ignorância é fictícia. Somente a sabedoria é eterna.
De distâncias incomensuráveis, já vimos, um espectador qualquer nos contempla (os terrestres) como habitantes do céu. No entanto, até quando continuaremos diligentemente a tentar fazer de nosso planetinha o hades, isto é, o inferno, por pensamentos, palavras e atos?! É hora de, firmados nos Poderes Divinos (mas do Deus que é Amor), passarmos, por fim, a agir como filhos Dele.
Outra coisa: a existência “neste mundão de Deus”, formado por universos, físicos e espirituais, não precisa parecer com a nossa para ser vida. Não esperemos, pois, se alguma vez houver contato imediato de todos os graus, receber visitantes espaciais iguaizinhos a nós.
Acostumar os Seres Humanos ao desígnio de que somos geridos pela justa e magnânima Legislação Celestial é tese básica da Universidade de Deus.
No seu livro, o Kan-Yng*1, ensinou o eminente e inspirado pensador chinês Lao-tsé (570-490 a.C.):
— O Senhor dos Céus é bom e generoso, e o homem sábio é um pouco de Suas manifestações. Na estrada da inspiração, eles caminham juntos e o sábio lhe recebe as ideias, que enchem a vida de alegria e de bens.
Há uma imensa fortuna espiritual, que gera honestamente as demais, aguardando que a nossa inteligência consiga percebê-la. Jesus, o Professor Celeste, apregoa uma lição que jamais cansaremos de repetir, até que todos compreendam que ela é a chave da Economia planetária:
— Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas materiais (portanto, humanas e sociais) vos serão acrescentadas (Evangelho do Cristo segundo Mateus, 6:33).
No campo da Economia, para que haja abundância para todos, ouçamos esta palavra do Profeta Maomé (570-632) — “Que a paz e a bênção de Deus estejam sobre ele!”, na 5a Surata do Alcorão:
— De Deus é a soberania dos céus e da terra e o que há neles. E Ele, sobre todas as coisas, é Onipotente.
Sem esse reconhecimento, presente na maioria das religiões, permaneceremos sob o guante da situação exposta pelo saudoso Legionário da Boa Vontade e Conselheiro da LBV Dr. Evaristo da Silva Tavares (1912-1994). Grande intelectual, poliglota e ilustre engenheiro da Central do Brasil. No seu estudo A História da Economia dos Homens (uma novela sem Deus), afirmava:
— O mais grave problema do século 20 é, inegavelmente, a desigualdade dos padrões de vida. Os progressos das Ciências e das técnicas não são aproveitados por todos, daí a miséria, a fome, as doenças e a ignorância em meio à fartura, à abundância. (Os destaques são nossos.)
E assim continua no século 21.
Em 9 de setembro de 1998, fui aos microfones da Super Rede Boa Vontade de Rádio*2 para ler e analisar trechos da página que tinha escrito, estando no Rio de Janeiro/RJ, Brasil, nessa mesma data, uma quarta-feira, dedicada aos fiéis trabalhadores das causas da Boa Vontade, no Brasil e no mundo. Seu título, “Genialidade do Coração — A espiritualização dos feitos humanos”, sinaliza a mudança de mentalidade plena necessária à profunda reforma político-econômica, para que haja justiça social para todos. No entanto, o que também falei naquele dia? Eis a seguir:
Algum leitor apressado, ao ler a chamada deste artigo, pode com ironia exclamar, ao mesmo tempo perguntando: “Economia da Misericórdia?!”
Todavia, temos de olhar para a frente, vislumbrar o futuro e agir para que as coisas tornem-se bem melhores. Jamais desprezemos o bom senso humano que até hoje rege o pensamento e a ação de muitas pessoas. Embora devamos analisá-lo com a atenção solicitada pelo Novo Mandamento de Jesus, porquanto o raciocínio de algumas criaturas, como, por exemplo, os nazistas, pode ser, neste emaranhado da evolução terrestre, o mais perfeito contrassenso ante as novas, e quando éticas, perspectivas de progresso. Do contrário, o resultado poderá ser o pior de todas as eras. Não possuímos vocação planetária suicida. Além do mais, como tantas vezes já lhes repeti: Saudade?! Só do futuro.
Ainda bem que os que pensam e atuam de forma otimista, mas competente, em prol de uma Humanidade mais feliz, são numerosos.
Cogita-se muito sobre a ameaça de uma onda recessiva a abalar a economia mundial sem compaixão. Isto me recorda antigo provérbio árabe:
— Os homens são como tapetes, de vez em quando precisam ser sacudidos.
E a História tem sido feita de sucessivos abalos. Falta, contudo, muita vez, o espírito de Caridade Divina para que essas transformações deixem de ser dolorosas. Quem garante que para evoluir é imprescindível padecer? Somos nós que criamos o sofrimento.
Deus nos presenteou com a felicidade; os Seres Terrestres, porém, criaram a dor.
A Economia da Solidariedade Espiritual e Humana, constante da Estratégia da Sobrevivência, que há décadas propomos, vem suprir uma extensa lacuna nos relacionamentos humanos, sociais, políticos, religiosos, filosóficos e, acima de tudo, econômicos.
O desenvolvimento da ciência, ou arte, econômica, em que as lições do Bem, na maioria imensíssima de ocasiões, são colocadas de lado, aponta a necessidade de termos como fator primordial — de fortalecimento da instrução e da educação das massas oprimidas e reeducação ecumênica de suas elites — a Economia da Misericórdia, que nasce do coração de Deus. Não será de forma impune que o mundo continuará a ver alguém ou grupos sair sem piedade, a levar vantagens em decorrência da miséria de multidões, resultado justamente da falta de misericórdia na Economia e de tudo aquilo que gira em torno dela. Por isso, a base do sucesso encontra-se consubstanciada na reeducação ecumênica, que sublima o sentimento.
Quanto aos efeitos dos desatinos humanos, que ocorrem planeta afora em prejuízo de muitos, aprendamos a sobreviver com Espiritualidade Ecumênica, lucidez e coragem, que revestem a verdadeira aptidão de servir. E pertinácia, e galhardia e sabedoria.
— Sê fiel até à morte, e Eu te darei a coroa da Vida,
assegurou Jesus, no último livro da Bíblia Sagrada, 2:10. Ao estudar, com afinco, o Evangelho-Apocalipse do Cristo Ecumênico, a criatura consegue caminhar tranquila, porque tem a consciência plena de que a solução unicamente vem da Sapiência de Deus, que apenas começamos a desbravar. E, por sinal, muito temerosamente, por confundir o sentido real de religiosidade com o mais profundo fanatismo, e uma é o contrário absoluto do outro. A Fé Realizante, portanto clareada pelo espírito de universal companheirismo (Apocalipse, 1:9), porquanto a união faz a força, é básica para tamanho esforço. Conforme exclamavam os latinos: “Semper idem!”. “Sempre o mesmo!”. No caso, persistir no Bem. Ir em frente, porque Deus Está Presente! No sentido oposto, o mundo já teria acabado com ou sem Profetas, que apenas são, quando do Deus que é Amor, anunciadores de fatos que eles não criaram. Na realidade foram erguidos pelas gerações, cujo divertimento sinistro é armar cilada para os próprios caminhos. Cumpre aqui citar este ensinamento iniciático do notável Alziro Zarur (1914-1979):
— Faze a tua parte que Deus fará a parte Dele.
Como acessar, contudo, essa solução infalível nascida do seio do Criador para a riqueza das Suas criaturas? Valendo-nos da chave mágica que denomino de Genialidade do Coração.
Alguns podem achar engraçado:
— Mas olha o mundo como está?!
Por isso tanto penam. Até que não se venham buscar somente os anéis, mas se levem deles também os dedos. Para deter tal situação, ao lado da inteligência do cérebro, temos de justamente aliar essa sabedoria da benquerença, difundindo a Espiritualidade Ecumênica, que deve coroar os feitos humanos, por enquanto nem sempre generosos.
Muitos previram que, com a era da cibernética, fronteiras de todos os tipos seriam derrubadas. Entretanto, a mais terrível delas não foi destruída: a que ainda separa mentes e corações. Daí o homem continuar, salvo raras exceções, a ser lobo do homem — “homo homini lupus”, segundo a definição do dramaturgo romano Plautus*3 —, tendo em vista o recrudescimento da desumanidade recalcitrante de muita gente.
O maior capital do Ser Humano é o seu espírito imbatível diante das agruras que ainda atormentam as nações. Contudo, quando existe Fé, realmente Fé, o infortúnio torna-se o melhor instante para criar. Com esse capital, de modo incessante levantaremos tudo que precisarmos e em generosa fartura, como pretendem muitos textos sagrados e a lucubração genial de homens e mulheres que têm por norma o bem das populações. Que assim o seja, antes que pela ação de vândalos se acabe o planeta Terra! Na verdade, não é este mundo que corre o perigo de se desfazer, mas a sua Humanidade. Ele vem resistindo a todo tipo de catástrofe, mesmo súbita, semelhante ao choque de um colossal meteoro. A Ciência cita um gigantesco astro que teria abalroado este belo corpo terrestre há cerca de 65 milhões de anos, arrasando com a vida da maioria das espécies, incluindo os dinossauros. Segundo dizem, restaram apenas animais de pequeno porte. Esse fato nos faz pensar no Alerta Divino: a “grande tribulação”, anunciada por Jesus no Evangelho consoante Mateus, 24:15 a 22; Marcos, 13:14 a 20; Lucas, 21:20 a 24:
Quando, pois, virdes implantados no lugar santo (quem lê entenda) os horrores da desolação, de que falou o profeta Daniel, então fujam para os montes os que estiverem na Judeia; o que se achar no telhado não desça para tirar alguma coisa de sua casa, e quem estiver no campo não volte para tomar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! porque haverá grande aflição sobre a terra, e ira contra este povo. Muitos cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que se cumpram os tempos das nações. Rogai que a vossa fuga não se dê no inverno nem num dia de sábado; pois que então haverá tão grande tribulação, tal como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem haverá jamais.
E se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por amor dos escolhidos, esses dias serão abreviados.
Em seguida, Jesus nos transmite o inolvidável conforto, ao proclamar o Seu Retorno Triunfal:
(Mateus, 24:29 a 31; Marcos, 13:24 a 27; Lucas, 21:25 a 28)
Logo depois da aflição daqueles dias, o Sol se escurecerá, a Lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do Céu e sobre a Terra haverá a miséria das nações aturdidas pelo bramido do mar e das ondas, desfalecendo os homens de medo e pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus se abalarão. Então, aparecerá no Céu o sinal do Filho de Deus, e todas as raças da Terra chorarão, e verão o Filho de Deus vir sobre as nuvens do Céu com poder e grande glória. Ele enviará Seus anjos com grande trombeta, os quais reunirão os escolhidos, dos quatro ventos, de um extremo a outro dos céus. Quando, porém, estas coisas começarem a suceder, levantai as vossas cabeças, olhai para cima, porque a vossa redenção está próxima.
Não é sem razão que um dos lemas da LBV, desde os seus primórdios, é por um Brasil melhor e por uma Humanidade mais feliz.
Disse Jesus, Aquele que afirmou “Eu não vos deixarei órfãos (João, 14:18), portanto, que nunca nos abandona:
— Eis que estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo! Na vossa perseverança salvareis as vossas almas (Evangelho segundo Mateus, 28:20; Lucas, 21:19).
O que falta a alguns é arrojo nas questões iluminadas da Alma e, além disso, um tremendo espírito de modernidade (ou de pós-modernidade, seja lá o que isto signifique) que nos faça suplantar o que há de realmente mais avançado, melhor dizendo: de ponta, inclusive no Mundo (ainda) Invisível, de forma que passemos desse período espiritualmente ousado (contudo, sempre à luz do Novo Mandamento do Cristo Ecumênico) à Eternidade, em que se encontram as soluções dos problemas que afligem todas as criaturas deste planeta, das mais pobres às mais abastadas.
Esta é uma proposta da Revolução Mundial dos Espíritos de Luz, parte do milenar planejamento espiritual de trabalho da Religião de Deus, que apenas requer de nós que mantenhamos correta sintonia com eles, os Espíritos, como explicitei em “Quanto à Abrangência do TBV”*4.
A respeito da necessidade de sintonia finíssima com o Plano Espiritual Superior, para que tudo dê certo, na Terra e no Céu da Terra, aprendamos com o Espírito Joaquim Evilásio Coelho (1905-1968), o decano dos Embaixadores da Boa Vontade, da LBV. Em 17 de abril de 1993, pela psicografia de Chico Periotto, fez a seguinte e importantíssima convocação:
— (…) Voltamos a repetir que vocês devem em suas preces lembrar-se de nós, os Espíritos, porque nós não nos esquecemos de vocês. (…)
Liguem-se na tomada espiritual, que a Corrente da Voltagem Divina fará prodigiosos e grandes tentos para a Glória do Mestre Jesus.
Numa esfera de colaboração frequente, estamos fazendo preces por suas vitórias. (…)
Quero dizer-lhes que o nosso encontro é constante, permanente, e não podemos admitir Equipes desunidas. (…)
Aproveitem nossas presenças e redobrem as metas, que vocês irão alcançar. (…)
Fica a nossa exortação e a presença nas tarefas de todos.
Por favor, por favor, por favor e por favor, nos recebam. Estamos aqui para ajudá-los.
Vejam: o prezado Evilásio ressalta que a Voltagem Divina realizará “prodigiosos e largos tentos para a Glória do Mestre [Jesus]”. Cumpre a nós colocarmo-nos sob a luminosidade desse poderoso Influxo Celestial, permanecermos em ininterrupta sintonia com Ele. Isso é imprescindível, pois sem essa ligação constante nada poderemos fazer. É sempre Deus quem opera, por nosso intermédio, e mesmo sem a nossa cooperação, todos os fatos milagrosos, no campo espiritual, humano e social. Como não me canso de repetir, o governo da Terra começa no Céu.
A íntegra da mensagem mediúnica do velho Evilásio encontra-se em Paiva Netto e a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, que lançamos hoje (24 de outubro de 2009).
No Livro dos Espíritos, item 495, de Allan Kardec (1804-1869), lemos este antecipado reforço dos Espíritos São Luís e Santo Agostinho à fraterna solicitação do nobre Evilásio:
— (…) Não receeis fatigar-nos com as vossas perguntas. Ao contrário, procurai estar sempre em relação conosco. Sereis assim mais fortes e mais felizes. São essas comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens, médiuns ignorados hoje, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão qual oceano sem margens, levando de roldão a incredulidade e a ignorância (…). (O destaque é nosso.)
Quanto mais ética, portanto espiritual, a Economia, menos crime, desde a infância ao mais idoso dos cidadãos.
Aristóteles (384-322 a.C.) escreveu:
— A pobreza é a mãe da revolução e do crime.
E eu acrescentaria à exclamação do notável pensador grego: é bastante nocivo o desconhecimento das Leis Divinas, acima de tudo, porque elas são fundamentais à nossa felicidade e salvação espiritual.
Outra observação que insistentemente lhes trago, aqui, também é indispensável. E por vezes provoca o sorriso irônico de um desconhecedor das regras infalíveis da governança celeste. Economia justa para as massas só ocorrerá, com efetividade, quando o Ser Humano entender e cumprir o Mandamento Novo do Cristo Ecumênico, pois então se convencerá de que realmente o governo da Terra tem início no Céu. E, por final, procurará compreender o mecanismo das Leis Celestes que nos conduzem ao Regaço Divino.
Mais uma vez passo a palavra ao judicioso Espírito Emmanuel, em A Caminho da Luz, ao discorrer acerca do exemplo portentoso do Supremo Dirigente da Terra, no comando das vicissitudes do cotidiano das nações. Modelo que todos os condutores de povos devem seguir, sem constrangimentos. Jesus é ícone de Fraternidade, Solidariedade e de imensas realizações essenciais à sobrevivência planetária e de seus habitantes. Situa-se acima de todas as crenças, descrenças e ideologias, porquanto o Cristianismo do Cristo não é uma facção religiosa em ferrenha disputa com as demais, como esclarecemos na pregação da Política de Deus.
Escreve Emmanuel, nobre mentor espiritual, a respeito do Divino Crucificado:
— De Suas lições inesquecíveis, decorrem consequências para todos os departamentos da existência planetária, no sentido de se renovarem os institutos sociais e políticos da Humanidade, com a transformação moral dos homens dentro de uma nova era de justiça econômica e de concórdia universal.
Pode parecer que as conquistas do verdadeiro Cristianismo sejam ainda remotas, em face das doutrinas imperialistas da atualidade, mas é preciso reconhecer que dois mil anos já dobaram sobre a palavra divina. Dois mil anos em que os homens se estraçalharam em seu nome, inventando bandeiras de separatividade e destruição. Incendiaram e trucidaram, em nome dos Seus ensinos de perdão e de amor, massacrando esperanças em todos os corações.
Contudo, o século que passa deve assinalar uma transformação visceral nos departamentos da vida. A dor completará as obras generosas da verdade cristã, porque os homens repeliram o amor em suas cogitações de progresso. (Os destaques são nossos.)
Diante disso, estampa-se a urgência de estendermos ao planeta esta revelação surpreendente de Alziro Zarur para todos os povos de nosso orbe e do Mundo Espiritual: toda a Humanidade é cristã*5. Jesus nada tem a ver com as selvagerias praticadas em Seu Santo Nome. Sabemos, e frisamos, que “Natura non facit saltum”, como afirmava Leibnitz (1646-1716). Que são, portanto, dois milênios para que as multidões da Terra possam compreender o Seu Recado? Apesar da ressalva do célebre cientista, que desenvolveu o sistema binário*6, o Ser Humano não deixará de amadurecer, a ponto de o Amor Fraternal e Solidário tornar-se a Suprema Lei de vivência e consequentemente de sobrevivência. Um dia, a igualdade de possibilidades para todos será praticável. É o que prega a Política de Deus. Todavia, a correção de atos na sociedade é também compromisso coletivo e particular, tendo em vista a Palavra do Divino Chefe:
— A cada um de acordo com as suas próprias obras (Evangelho do Cristo segundo Mateus, 16:27).
Essa lição do Filósofo dos filósofos foi muito bem assimilada pelo famoso pensador Baruch Spinoza (1632-1677), que exprimiu:
— O homem justo é aquele cuja vontade constante é a de dar a cada um o que lhe é devido.
E para os que acreditam que a vida é muito difícil, convém recordar que precisamos aprender a coexistir em sintonia com o Mundo Espiritual Superior, para merecermos os benefícios de Suas Normas, a nós trazidas por intermédio dos Anjos Guardiães, os quais o rei Nabucodonosor (aprox. 632 a.C.–562 a.C.), ao narrar um sonho a Daniel, chamou individualmente de “Vigia”. Essa passagem se encontra no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, no livro do Profeta Daniel, 4:13:
— No meu sonho, quando eu estava no meu leito, vi um vigia, um santo*7, que descia do Céu (…).
Ora, esses “vigias” a serviço de Deus — portanto, não se trata de espíritos obsessores ou “demônios” — andam, ainda invisíveis, por toda parte cuidando de nós, pois são Espíritos Superiores.
Observem o que revelam as Almas Benditas, no item 495 de O Livro dos Espíritos:
— Aos que considerem impossível que Espíritos verdadeiramente elevados se consagrem a uma tarefa tão laboriosa e de todos os instantes, diremos que nós vos influenciamos as almas, estando embora muitos milhões de léguas distantes de vós. O espaço para nós nada é, e não obstante viverem noutro mundo, os nossos Espíritos conservam suas ligações com os vossos. Gozamos de qualidades que não podeis compreender, mas ficai certos de que Deus não nos impôs tarefa superior às nossas forças e de que não vos deixou sós na Terra, sem amigos e sem amparo. Cada anjo de guarda tem o seu protegido, pelo qual vela, como o pai pelo filho. Alegra-se, quando o vê no bom caminho; sofre, quando ele lhe despreza os conselhos. (…) (Os destaques são nossos.)
Ao término desse esclarecimento dos Espíritos de Luz, Kardec fez oportuno comentário:
— Nada tem de surpreendente a doutrina dos anjos guardiães, a velarem pelos seus protegidos, malgrado a distância que medeia entre os mundos. É, ao contrário, grandiosa e sublime. Não vemos na Terra o pai velar pelo filho, ainda que de muito longe, e auxiliá-lo com seus conselhos correspondendo-se com ele? Que motivo de espanto haverá, então, em que os Espíritos possam, de um outro mundo, guiar os que, habitantes da Terra, eles tomaram sob sua proteção, uma vez que, para eles, a distância que vai de um mundo a outro é menor do que a que, neste planeta, separa os continentes? Não dispõem, além disso, do fluido universal, que entrelaça todos os mundos, tornando-os solidários; veículo imenso da transmissão dos pensamentos, como o ar é, para nós, o da transmissão do som?
Não pensem então que qualquer metamorfose, planejada pelos Poderes Divinos, seja improvável. A História está repleta de surpresas, até de assustar os seus maiores decifradores. Victor Hugo (1802-1885), honra e glória da França, atestava:
— Aqueles que hoje afirmam que uma coisa é impossível de ser concretizada tacitamente se colocam ao lado dos que vão perder.
Quanto ao ditado, de Leibnitz, “A Natureza não dá saltos”, devemos sempre levar em consideração que, neste universo de três dimensões, não há regra sem exceção.
Deus respeita a lenta marcha dos povos no caminho da felicidade, que Ele lhe oferece para toda a existência infinita. No entanto, a fim de acelerar a sua marcha rumo ao progresso espiritual, força-lhe, alavancando maior empenho, para o próprio bem dela, uma adiantada nos passos.
Observem o exemplo de Jesus, o Leão de Davi, ao anunciar a Sua Volta Triunfal à Terra, com poder e grande glória (Apocalipse, 1:7), conforme registra o Evangelho segundo Mateus, 24:27, ocorrendo muito subitamente, com a rapidez de um raio, quando ninguém O estiver aguardando:
— Assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, será a Volta do Filho de Deus.
Por isso, também nos aconselha a permanecer verdadeiramente atentos:
21 Mas, então, se alguém vos disser: “Eis aqui o Cristo!” Ou então: “Ei-Lo ali! Ei-Lo acolá!”. Não acrediteis;
22 porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, e farão milagres e prodígios para enganar os eleitos, se fora possível.
23 Estai, portanto, vós de sobreaviso. Eis que vos digo de antemão essas coisas. (…)
32 Mas daquele dia ou daquela hora ninguém sabe, nem os Anjos no Céu, nem o Filho, senão o Pai.
33 Estai de sobreaviso, orai e vigiai, porque não sabeis quando será a Volta do Filho de Deus.
34 É assim como se um homem, em viagem a um país estranho, tendo deixado a sua casa, tendo dado autoridade aos seus servos, a cada um o seu trabalho, tivesse mandado também ao porteiro que vigiasse.
35 Eu vos digo, pois, vigiai, porque não sabeis quando voltará o dono da casa, se de tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã;
36 para que, vindo Ele de repente, não vos ache dormindo.
37 O que Eu vos digo a vós, a todos Eu digo: vigiai! (Evangelho segundo Marcos, 13:21 a 23 e 32 a 37).
Portanto, quem tiver juízo assim o faça.
*Obreiros da Vida Eterna — edição FEB.
*1 Citado pelo Espírito Emmanuel em A Caminho da Luz, psicografado por Chico Xavier — edição FEB.
*2 Super Rede Boa Vontade de Rádio — Veja lista das emissoras que a compõem na contracapa desta publicação.
*3 Plautus, Titus Maccius — Nasceu em Sarsina (Úmbria) por volta de 230 a.C. O trabalho desse dramaturgo romano tornou-se fonte de inspiração para renomados escritores, a exemplo de Shakespeare e Molière. São 21 peças produzidas no período de 205 a.C. e 184 a.C., estando suas comédias entre as obras mais antigas em latim preservadas até hoje de forma integral. Em sua quase totalidade, adaptam modelos gregos para os espectadores romanos, como aconteceu, aliás, na mitologia e na arquitetura romanas. Os historiadores divergem sobre sua morte, que teria ocorrido no ano de 184 (ou 180) a.C., em Roma.
*4 Quanto à Abrangência do TBV — Aconselhamos o estimado leitor a ver, ou rever, essa página de Paiva Netto, publicada no segundo volume das Diretrizes Espirituais da Religião de Deus e no terceiro volume de O Brasil e o Apocalipse.
*5 Toda a Humanidade é cristã — Leia outras explicações sobre o tema nas prédicas de Paiva Netto e em diversas publicações da Editora Elevação. E num próximo livro a ser lançado pela Academia Jesus, o Cristo Ecumênico, que terá justamente este título: Toda a Humanidade é cristã.
*6 Leibnitz (1646-1716), o descobridor do sistema binário — Embora a noção de números binários já existisse na Índia (como a estrutura desenvolvida pelo matemático Pingala), na China entre outros, foi na Europa que se sistematizou. Não obstante Francis Bacon (1561-1626) buscasse trabalhar com essa ideia, quem pela primeira vez formalizou sua conceituação moderna foi o matemático, filósofo e cientista Gottfried Leibnitz, em um artigo publicado na Academia de Ciência da França, com o título Explication de l’Arithmétique Binaire. Nascido na cidade alemã de Leipzig, formou-se na universidade local. Leibnitz buscou levar a Matemática à Filosofia, tendo com isso desenvolvido o cálculo diferencial ao mesmo tempo que Isaac Newton (1643-1727), na Inglaterra. Escreveu trabalhos que influenciaram desde a Política até a Biologia, incluindo a Metafísica, uma de suas principais áreas de atuação. Posteriormente, cientistas como o matemático inglês George Boole (1815-1864), com base nesse sistema numérico, desenvolveram os fundamentos da computação moderna.
*7 Um vigia, um santo — Um Anjo da Guarda.
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