Prometo ser fiel na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença…” Esse é o fraterno acordo firmado na maioria das cerimônias de casamento. Com o advento do distanciamento social, novos desafios surgiram na vida dos casais e, respectivamente, das famílias. De que forma lidar com os “excessos de convivência”, como os especialistas vêm chamando o dia a dia em casa, nessa nova época?

É verdade que parte dos casais está lidando bem com as circunstâncias impostas pela pandemia e conseguindo apreciar com mais calma uma boa leitura, vendo filmes juntos ou saboreando em família aquele cardápio especial de domingo em plena quarta-feira. Há os que se adaptaram à nova rotina, adequando-se às exigências do teletrabalho e ainda encontrando tempo para realizar as tarefas domésticas e promover atividades e brincadeiras com os filhos.

Mas esse equilíbrio na convivência, infelizmente, não é regra. A situação social sem precedentes que as famílias passam está afetando muitos relacionamentos. Levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), monitorando a rede social Twitter, entre fevereiro e abril de 2020, aponta um aumento de 431% no número de graves desentendimentos entre casais, com reflexos no lar.

Fundamentados na doutrina ecumênica da Religião do Terceiro Milênio, destacamos alguns pontos relevantes com a finalidade de auxiliar as famílias a lidar da melhor forma com os desafios enfrentados neste período, observando que existem fatores acima dos materiais que conectam as pessoas que vivem em um mesmo lar. Conforme ensina o Irmão Paiva: “A família é o ninho sagrado que acolhe o Espírito reencarnante e prepara os caminhos de sua jornada terrena. É nela que devem florescer os sentimentos mais ternos e sublimes do ser humano”.

Soluções no Alto

Se o objetivo da formação de uma família é, de fato, vivenciar o companheirismo e crescer junto, o distanciamento social pode ser entendido como uma oportunidade de fortalecer os vínculos e ter novos aprendizados, pois, apesar das dificuldades de adaptação, muitos pais passaram a apoiar o aprendizado dos seus filhos, embora sem poder oferecer um passeio recreativo, muito menos deixá-los visitar a casa dos avós ou tios. O auxílio na limpeza da casa, o preparo das refeições e as novas rotinas de esterilização de tudo que possa abrigar o coronavírus somam-se, em muitos casos, ao teletrabalho, criando um quadro inimaginável por muitos até alguns meses atrás.

Mas vem de um ninho doméstico, justamente na hora dos afazeres do lar, uma sublime reflexão. Foi em uma aparente rusga entre duas irmãs que Jesus apresentou o ponto de equilíbrio ao assunto em pauta ao dirigir-se a uma delas, que questionava o possível descaso da outra ao serviço doméstico. De acordo com a narrativa de Lucas (10:38 a 42), no Santo Evangelho do Divino Mestre, eis como se expressou o Sublime Professor: “Marta, Marta, estás ansiosa e fadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”.

Considerando as situações enfrentadas por Jesus em Sua Sagrada Missão na Terra, podemos aprender nesta passagem, como em tantas outras, que a infalível capacidade de superação das adversidades nascerá sempre da nossa integração em Deus, independentemente da forma que entendamos o Criador e Sua Lei de Amor Universal, que faz do desafio, quando enfrentado com Boa Vontade, verdadeira escola de evolução. Reparamos que o Senhor da Paz não desmerece os necessários cuidados com o lar, mas sugere que nosso esforço seja empregado na valorização e no bem-estar do nosso próximo, a partir das virtudes apresentadas por Ele em Seus fraternos e eficazes ensinamentos.

Com diálogo e fraternidade, os conflitos sempre são superados. Escreveu o Irmão Paiva há décadas: “É nos momentos de crise que se forjam os grandes caracteres e surgem as mais poderosas nações”.

A necessidade da boa convivência 

Vem do filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) a conclusão de que a convivência sadia é imprescindível para a evolução dos seres. Essa assertiva foi destacada em 2017, durante a 125^a Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia, na qual foi apresentado estudo que conclui que a solidão pode ser, inclusive, risco para a saúde. A PhD em Psicologia pela Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, Julianne Holt-Lunstad, afirmou: “Existem evidências robustas de que a solidão aumenta significativamente o risco de mortalidade prematura”. Isso ocorre porque “a conexão social é amplamente considerada uma necessidade humana, crucial tanto para o bem-estar quanto para a sobrevivência”.

Por isso, por mais difícil que possa parecer esse momento de superconvivência, exaltemos os pontos positivos que o atual relacionamento familiar nos proporciona. O principal deles é que essa desafiadora experiência pode contribuir muito para nosso crescimento espiritual. Então, fortaleçamos nosso pensamento no Bem, manifestemos a palavra que apoia e não abramos mão da indispensável ação que constrói*, condições fraternas trazidas pela Religião Divina que refletem os ensinamentos de amor, resiliência, compaixão e solidariedade expressos pelo Cristo de Deus.

Ampliando o entendimento das agendas na Terra

Quanto aos relacionamentos, conclui-se que o ser humano não nasceu para viver só. Contudo, a felicidade não se restringe ao casamento. No decurso da História nos deparamos com diversas personalidades que, mesmo não tendo firmado compromisso afetivo, influenciaram decisivamente no avanço social. Isso deixa claro que a ideia de viver acompanhado é muito mais extensa e materializa-se também nos laços com parentes, amigos, vizinhos e pessoas que carecem de nosso amparo e que, invariavelmente, cruzam nossa caminhada. Elevando o assunto ao Mundo Espiritual Superior, também devemos sempre contabilizar nossa coabitação na Terra com aqueles que, embora invisíveis aos nossos olhos, nos auxiliam a todo instante.

Em sua destacada obra É Urgente Reeducar! (2010), o Irmão Paiva escreve: “Nada mais pedagógico do que o Amor Fraterno, conquanto enérgico e justo. Naturalmente, o Amor não pode ser confundido com conivência no erro, pois existem aqueles que consideram que amar é concordar em tudo, não importando que esteja errado. Amar é justamente o contrário, mas sabendo-se, com generosidade, corrigir a pessoa em seu equívoco (…)”.

Tendo como referência os preceitos espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, a seguir algumas práticas que as Igrejas Familiares realizam para a iluminação de cada um de seus componentes:

◆ Santo Evangelho no Lar

O estudo da Boa Nova de Jesus, de forma sistemática e produtiva, cria uma aura de proteção nos ambientes e nas Almas. São nesses elevados momentos que se aproximam Falanges do Bem e derramam sobre o espaço de convívio as benesses do Criador. Uma prática dos adeptos da Religião Divina é acompanhar, todas as segundas-feiras, a Cruzada do Novo Mandamento de Jesus, a partir da Igreja Familiar número 1 da Religião do Terceiro Milênio, sob a responsabilidade do casal Paiva Netto.

◆ Estudo da doutrina ecumênica da Religião do Terceiro Milênio

Entre em contato com a Central de Relacionamento da Religião Divina pelo telefone 0300 10 07 940 ou envie uma mensagem para (11) 99603-1330 e agende um estudo fraterno em seu lar, conduzido por um pregador ou embaixador da Religião do Amor Universal. As reuniões são feitas por videoconferência, em dia e hora agendados.

Outras informações: ReligiaodeDeus.org

◆ Aula de Moral Ecumênica (AME)

Aos sábados, a Religião Divina disponibiliza no site SoldadinhosdeDeus.com.br as AMEs, com conteúdos ecumênicos para todas as crianças. Também está sendo lançado, às segundas-feiras, um livro infantil digital, da Coleção Ecumênica “O Santo Evangelho de Jesus”, com a adaptação de passagens bíblicas para o público infantil. Além das lições fraternas, as obras são ricamente ilustradas e ainda trazem brincadeiras educativas.

Conheça: SoldadinhosdeDeus.com.br

◆ O Povo Canta para Deus

“A boa música é um elo inquebrantável que une a criatura ao Criador”, diz Paiva Netto. O canal Religião de Deus Vídeos no YouTube e o instagram da Religião Divina transmitem lives de Música Legionária, com canções clássicas e populares, que abordam temas ecumênicos e levam muita alegria sem baixaria ao coração dos que acompanham a programação.

Informações: BoaVontade.com

A seguir, fotos de Famílias Legionárias realizando a Cruzada no Lar. Todos sintonizados na Comunicação 100% Jesus.

* Bom Pensamento, Boa Palavra e Boa Ação fazem parte das 21 Chaves Iniciáticas da Religião do Terceiro Milênio. Leia mais nas Sagradas Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo (1987), volume 1, do escritor Paiva Netto.