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(publicado em JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 99, nov/dez 2007)
Depois de apresentar, no primeiro capítulo desta série, uma análise inédita da passagem bíblica A Visão dos Glorificados (Apocalipse de Jesus, 7:9 a 17) – realçando o valor do Ecumenismo – e demonstrar que a mensagem profética do Apocalipse do Cristo tem início no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada, o líder da Religião de Deus, José de Paiva Netto, prossegue com o fascinante estudo – muito apreciado pelo povo – do Livro das Profecias Finais, como fica evidente pela numerosa correspondência endereçada à redação de JESUS ESTÁ CHEGANDO!, desde o lançamento da edição anterior, em 27 de outubro de 2007, no Templo da Boa Vontade (TBV). Coincidentemente, nessa data, eram comemorados os 17 anos do princípio desta série radiofônica, hoje transmitida pela Super Rede Boa Vontade de Rádio.
Na opinião dos leitores, o escritor Paiva Netto consegue simplificar a linguagem simbólica do Apocalipse para facilitar o entendimento das pessoas, tratando o Texto Sagrado como uma prosa de excelente qualidade.
Com argumentos atuais e exemplos de diversas personalidades que, de alguma forma, colaboraram com a nossa sociedade, o autor deixa claro que, independentemente da crença ou descrença que cada uma professe, todas buscam o mesmo objetivo: melhorar a vida entre os Seres Humanos.
Vamos, pois, ao pioneiro trabalho de Paiva Netto em levar a todos a decifração do Apocalipse de Jesus, em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento do Cristo: “Amai-vos como Eu vos tenho amado. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos”. (Evangelho de Jesus, segundo João, 13: 34 e 35).
Os Editores
Antes de prosseguir com A Revelação Profética de Jesus para os Simples de Coração, percebo a necessidade de ainda tecer um rápido comentário sobre A Visão dos Glorificados (Apocalipse, 7:9 a 17) — constante, na íntegra, do primeiro capítulo do primeiro programa desta série —, o qual fotografa o Rebanho Único prometido pelo Cristo Ecumênico.
Recordo-me de um trecho da mensagem de Alziro Zarur (1914-1979), em 1º de outubro de 1972, durante a Proclamação do Apocalipse de Jesus, feita por ele, em Ribeirão Preto/SP, acerca do assunto:
— “(…) Não condenamos os que rejeitam a tese das Religiões Irmanadas como roteiro para o Rebanho Único; mas o que julgamos acintoso, no ceticismo de certos pregadores sectários, é que teimam em não discernir onde termina o poder dos homens e onde começa o Poder de Deus. Deveriam ser mais prudentes, mais fraternos, mais humildes e mais lúcidos; se Jesus afirmou que haverá um só Rebanho para um só Pastor, que é Ele mesmo, sabia perfeitamente o que estava dizendo. Saibam como, ou não o saibam, os chefes espirituais, o Rebanho Único é uma realidade. A nenhum cristão, digno deste nome, é lícito pôr em dúvida a Palavra do Fundador e Supremo Governante da Terra. A todos os escarnecedores só nos cumpre dizer: Irmãos e Irmãs, o Rebanho Único não foi formado no Evangelho que vocês leram, mas no Apocalipse que vocês não entenderam; pois, na verdade, já está formado no Reino de Deus”.
Com estas palavras, Zarur conceituou a Visão dos Glorificados. Contudo, não teve tempo de vida material para aprofundar esse tema alentador aos que trabalham por reunir na Terra o Rebanho Único de Jesus, o Cristo Ecumênico. Eis a nossa tarefa. Infelizmente, alguns, ao pregarem sobre os 144 mil selados (Apocalipse, segundo João, 7:1 a 8), afirmam que essa passagem se refere somente ao povo de Israel. E os outros? Com esse exclusivismo, o restante da Humanidade a si próprio se exclui. Esquecem-se de ler e analisar, logo em seguida, a Visão dos Glorificados, que é amplíssima. Não disse Zarur que o Rebanho Único já está formado no Céu? E é lá que João Evangelista observa e relata, após descrever a selagem dos 144 mil de Israel, que se vê perante uma “grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro de Deus, trajando vestiduras brancas, com palmas nas suas mãos” (Apocalipse de Jesus, 7:9 e 10). Nada mais, nada menos, justamente constante da Visão dos Glorificados, que ocorre, antes de tudo, no Céu.
Vamos, agora, dar início ao segundo capítulo do programa primeiro da série O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração.
— “Revelação de Jesus, o Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer” (Apocalipse, segundo João, 1:1).
Ora, ao mesmo tempo, nesse livro notável, que é uma Revelação, vinda de Deus, dos fatos que “em breve devem acontecer”, o Celeste Dirigente apresenta-se a nós, Humanidade, como realmente é, para dar ao Apocalipse, de público, o aval de Sua extraordinária Autoridade.
Leiamos com atenção o que anotou o Evangelista Profeta, no Apocalipse, 1:5:
— “Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos, e o Soberano dos reis da Terra”.
Diante disso, advém, como reforço, a pergunta:
— De que magnitude é a Autoridade do Divino Mestre, a qual, conforme vimos, permitiu-Lhe nos trazer de Deus o Livro?
Ele mesmo a exprime no Seu Evangelho, consoante João, 10:30:
— “Eu e o Pai somos Um”.
Seguindo o raciocínio, sendo Jesus e o Pai UM, tem Ele a Autoridade do próprio Deus no Planeta Terra, do qual é co-autor.
E nos versículos 37 e 38 deste capítulo, após combater a incredulidade dos fariseus, ao lhes declarar que Deus O Santificara e O enviara ao mundo para servi-Lo como Filho do Altíssimo (versículo 36), Jesus reitera Sua palavra ao afirmar:
— “Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis; mas, se as faço, e não me credes, crede pelo menos por causa das minhas obras; para que possais compreender que o Pai está em mim, e que Eu estou no Pai”.
Deus e Jesus são, por conseguinte, a Rocha sobre a qual podemos confiantemente construir e de forma segura aprender os Ditames Sublimes.
Alcançamos, assim, a abrangência do motivo pelo qual Moisés, na Escritura Ancestral, inspirado pelo Criador, no seu cântico a toda a congregação de Israel, aconselha no Deuteronômio, 32:1 a 4:
“1 Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca.
“2 Goteje a minha doutrina como a chuva; destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a relva e como gotas de água sobre a erva.
“3 Porque proclamarei o nome do Senhor. Engrandecerei o nosso Deus!
“4 Eis a Rocha; Suas obras são perfeitas, porque todos os Seus caminhos são juízos; Deus é fidelidade, e não há Nele injustiça; é reto e justo”.
Razão por que o Divino Mestre repisou a necessidade de se construir sobre a Rocha, que é o Pai Celestial, e Ele mesmo, posto que são UM.
Logo em seguida, no versículo 5, referindo-se a certos hebreus daquele tempo, que descumpriram a aliança de Abraão com a Divindade, Moisés admoesta:
–– “Procederam corruptamente contra Ele; já não são Seus filhos, e, sim, suas manchas; é geração perversa e deformada”.
Puxa! Parece violência de Moisés? Mas não é! Bastas vezes é forçoso sacudir a percepção acomodada das criaturas. Não se esqueçam da peroração do Cristo, no Evangelho (segundo Mateus, 17:17), quando repreende nada mais, nada menos que Seus próprios discípulos, por não terem fé suficiente para curar um lunático. Comovido que ficara com o desespero do pai do jovem obsidiado, Ele brada:
— “Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei?”
No Apocalipse (Quarto Flagelo, 16:8 e 9), é com milenar antecedência descrito o aquecimento global, apressado pela semeadura humana.
“8 O quarto Anjo derramou a sua taça sobre o sol, e lhe foi dado afligir os homens com calor e fogo.”
O Anjo derrama a sua taça sobre o sol não porque ele seja, usando uma linguagem popular, um doido varrido, um tirano que se compraz no sofrimento das massas. Há um significado fácil de entender: são as mazelas humanas que enchem e fazem transbordar o conteúdo da taça do quarto Anjo sobre o sol. E, por esse fato, vem a aflição para as criaturas com calor e fogo.
“9 Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor (ardor do sol), e blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas, e não se arrependeram para lhe darem glória.”
Por sua vez, o Dr. Stanley M. Horton, teólogo evangélico, em A Vitória Final – Uma investigação exegética do Apocalipse*1, discorrendo a respeito do Anjo da Quarta Taça (Apocalipse do Cristo Ecumênico, 16:8 e 9), diz:
— “Para os crentes, ‘o Senhor Deus é Sol e Escudo’, trazendo boas coisas (Sl 84:11)*a, Jesus é o Sol da Justiça que traz salvação e cura (Ml 4:2)*b. Nesta dispensação, temos visto a ambos — a bondade e severidade de Deus (negrito nosso). Através destas, Deus leva os homens ao arrependimento (Rm 11: 22)*c. Mas o povo atingido por esta praga rejeita tanto a bondade como a severidade de Deus. Ao escolher a seguir Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta, os homens sacramentam as mentiras do diabo (2 Ts 2:10)*d. Eles amam as trevas e rejeitam a luz da verdade. Sua condição contrasta com a dos santos que, nesta hora, estarão no céu, onde não estarão a salvo do ardor do sol (Ap 7:16)*e. Eis um aviso àqueles que, embora hajam ouvido a verdade do Evangelho, persistem obstinadamente em continuar nos seus caminhos perversos”.
Com isso, os homens — não o Anjo do Céu, que é, no caso, apenas um cobrador do carma montado pelos seres terrenos — tornam-se fator preponderante da fomentação do aquecimento global, estourando com a proteção que nos é oferecida pela camada de ozônio.
Quando corajosas personalidades do Planeta, pesquisadores e estudiosos de todos os matizes se atreviam a alertar para o perigo já em andamento, quantos “cientistas” mercenários os combateram, desmentindo-os! Não que todos os cientistas contrários à realidade do fenômeno da distorção climática assim o sejam. Falamos aqui cientistas entre aspas, mesmo, porque há os de verdade, que não se vendem por um prato de lentilhas (ou por lá o que seja) como fez Esaú, ao transferir a Jacó o seu direito de primogenitura (Gênesis, 25:29 a 34):
“29 Tinha Jacó feito um cozinhado, quando, enfraquecido, veio do campo Esaú,
“30 e lhe disse: Peço-te que me deixes comer um pouco desse cozinhado vermelho, pois estou faminto. Daí chamar-se Edom (que significa vermelho).
“31 Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura.
“32 Ele respondeu: Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura?
“33 Então, disse Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.
“34 Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu, levantou-se e saiu. Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura”.
(Continua)
NOTAS:
Fontes bíblicas:
*l – HORTON, Stanley M. A Vitória Final – Uma investigação exegética do Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
*a – (Sl 84:11): “Porque o Senhor Deus é um Sol e Escudo: o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão”.
*b – (Ml 4: 2): “Mas para vós, que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis, e crescereis como os bezerros do cevadouro”.
*c – (Rm 11: 22): “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado”.
*d – (2 Ts 2:10): “E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem”.
*e – (Ap 7:16): “Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre ele o sol, nem ardor algum, 17: pois o Cordeiro de Deus que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima”.
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