Ações da sociedade civil, iniciativas dos governos, análises da Ciência e visão da Espiritualidade levam Esperança aos corações na luta contra o suicídio.

Em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu, em 10 de setembro, o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza no país o Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização que visa reduzir os altos índices de suicídio. Além de promover maior conhecimento da população sobre o tema, chama a atenção para esse desafio global iluminando, na cor amarela, diversos monumentos históricos, pontos turísticos e espaços públicos e privados.

Atentar contra a própria vida é uma dura realidade que aflige a espécie humana. A OMS afirma que, no mundo, a cada 4 segundos uma pessoa comete suicídio. No Brasil, ele acontece a cada 45 minutos, sendo a quarta causa de morte entre jovens de 14 a 19 anos. As estatísticas também registram que 1.200 pessoas com 60 anos ou mais se suicidam por ano. Inclui-se nesses dados as investidas frustradas. A cada ato consumado, há entre 10 e 20 tentativas.

Além desses números assustadores, outro fator alarmante se observa. Profissionais de saúde mental estimam que cada óbito gera impacto em até 135 pessoas do meio social, ou seja, pais, filhos, cônjuge e amigos passam a conviver com profunda tristeza em virtude da situação, o que criou nos meios terapêuticos a modalidade de cuidados chamada de posvenção (do inglês, postvention).

A luta pela Vida

Desde seus primórdios, as Instituições da Boa Vontade, por meio de pregações ecumênicas, promovem a valorização do Espírito Eterno do ser humano. No fim da década de 1940, teve início a Campanha da Boa Vontade Mundial, com o slogan radiofônico “por um Brasil melhor e por uma humanidade mais feliz”, criado e amplamente difundido pelo Fundador da Legião da Boa Vontade, o saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979), que também destacava a continuidade da Vida e o enorme erro que é acabar com ela, por impulso de tristeza ou dor. É de Zarur o apelo: “O suicídio não resolve as angústias de ninguém”. Dentre os inúmeros depoimentos recebidos ao longo dos anos iniciais da LBV, era possível identificar, quase que diariamente, muitas Irmãs e muitos Irmãos que desistiram de atentar contra a própria vida.

Destacado movimento de combate ao suicídio no Brasil, o Centro de Valorização da Vida foi criado em 1962 e passou a ser um canal em que as pessoas tratam diretamente da questão, realizando essencial tarefa de prevenção. Atualmente, possui cerca de 4 mil voluntários em todo o país, realizando mais de 3 milhões de atendimentos por ano, de forma gratuita, 24 horas por dia, pelo telefone 188.

Ação direta em favor do ser humano

O Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, José de Paiva Netto, direciona intensivos esforços em favor da luta contra o suicídio. Além das várias pregações e dos artigos que exaltam o valor da Vida, valendo-se da existência espiritual eterna e da Fé Realizante, que a tudo pode transformar, ele orienta que a Comunicação 100% Jesus (rádio, TV, internet e publicações) deve sempre levar conforto aos corações e alertar quanto à realidade do prosseguimento da existência em outras dimensões, fato que recebe seriíssima abordagem religiosa e também já vem sendo comprovado pela Ciência. Em seu best-seller Os mortos não morrem (2018), Paiva Netto aprofunda o assunto da Vida pluridimensional trazendo evidências de vários períodos da História. Outra importante iniciativa dele foi a radiofonização do esclarecedor livro Memórias de um suicida, psicografia de Yvonne do Amaral Pereira (1900-1984), que narra a história do Espírito Camilo Cândido Botelho (pseudônimo), o qual, após interromper a própria vida, relata as aflições e angústias que experimentou no Outro Lado da Existência, no intuito de prevenir a comunidade terrena quanto às consequências do terrível ato.

Em outra prática de valorização do Espírito Eterno do ser humano, foi criado o canal Religião Divina Pela Vida, que tem grande atuação nas redes sociais. Uma equipe formada por Cristãos do Novo Mandamento de Jesus disponibiliza atendimento on-line, sem a necessidade de identificação, para Irmãs e Irmãos poderem compartilhar seus desafios e terem uma conversa fraterna com pessoas preparadas para levar acolhimento e atenção básica. No término do atendimento, indicam o acompanhamento do caso por profissionais de saúde, especialmente nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviço gratuito, ligado ao Ministério da Saúde, que existe em muitas cidades do país e contribui para diminuir consideravelmente o número de óbitos causados por suicídio. Em algumas situações, também são oferecidas conversas presenciais, quando um Irmão pregador ou embaixador da Religião do Terceiro Milênio, devidamente autorizado, realiza uma visita ao lar da pessoa solicitante.

O fato a seguir ilustra o empenho da Equipe Religião Divina Pela Vida. O caso ocorreu antes da pandemia, no dia 31 de dezembro de 2019. O Irmão Renato Reis, pregador ecumênico da Religião do Amor Universal em Minas Gerais, preparava-se com sua família para a ceia de réveillon quando recebeu uma missão: “Os Irmãos que atendem pelo chat das redes sociais me falaram da necessidade de fazer uma visita a uma Irmã com quem sempre conversávamos. Uma frase dela sobre ‘não querer entrar no novo ano’ havia chamado a atenção. Elevei o pensamento a Deus, peguei meu veículo e dirigi cerca de 170 quilômetros. Ao chegar à casa dela, o tom da conversa era mesmo de angústia e desespero. Mentalmente, busquei inspiração na Espiritualidade Superior, que sempre nos cerca, e me vali dos ensinamentos da Religião Divina para conversar com ela sobre o bem mais precioso que o Criador nos oferece: a Vida. Em pouco tempo, o clima já era outro, graças a Deus. Dei a ela de presente os livros do Irmão Paiva Ao Coração de Deus — Coletânea Ecumênica de Orações [1990] e Como Vencer o Sofrimento [1990] e a revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!. Ao final, fizemos juntos a Prece Ecumênica do Pai-Nosso, pedindo ao Divino Mestre e aos Amigos Espirituais que a amparassem.

“No dia seguinte, nos falamos pelo celular e fiquei muito feliz ao saber que ela se sentia melhor. Disse que teve um sono reparador e, para sua surpresa, acordou muito bem, de corpo e mente! Depois, continuamos em contato com a Irmã e soubemos que ela passou alguns dias em uma clínica de repouso, onde aproveitou para fazer a leitura das publicações da Religião do Terceiro Milênio que levamos para ela. Nossa equipe mantém o apoio à distância, na certeza de que fizemos, sim, um ano novo mais feliz para uma Alma que Deus nos encaminhou para apoiar. Aproveito e agradeço a todos os Benfeitores e Dizimistas da Religião Divina que, com suas colaborações, fazem com que atendimentos como esse sejam possíveis. Muito obrigado!”

Ao coração de todos, esta importante reflexão do Irmão Paiva, em sua obra Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade — O Poder do Cristo em nós (2014): “Meu intuito (…) é mostrar a vocês que a Dor nos fortalece e nos instrui a vencer todos os obstáculos, por piores que sejam. Por isso, suicidar-se é um tremendo engano. (…)

“No encarte do CD da radionovela Memórias de um suicida, afirmo que o suicídio é um ato que infalivelmente golpeia a Alma de quem o pratica. Ao chegar ao Outro Lado, ela vai encontrar-se mais viva do que nunca, a padecer opressivas aflições por ter fugido de sua responsabilidade terrena. Convém assinalar que sempre alguém fica ferido e/ou abandonado com a deserção da pessoa amada ou amiga, em quem confiava, seja aqui ou no Mundo da Verdade.

“E é de muito bom senso não olvidarmos que no Tribunal Celeste vigora o Amor, mas não existe impunidade”.

Faça contato: falar  é a melhor solução

Centro de Valorização da Vida – CVV

Telefone: 188 – Ligação gratuita, 24h por dia

Chat: www.cvv.org.br/chat/

Religião Divina Pela Vida

WhatsApp: (11) 99603-1330

Chat: Facebook.com/ReligiaodeDeus

Sistema Único de Saúde – SUS

No Brasil, existem 2.657 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que dispõem de serviços residenciais terapêuticos, centros de convivência e cultura  e unidades de acolhimento.