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Reflexão sobre o Sete de Setembro, Dia da Independência do Brasil e também aniversário da Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, feita por Alziro Zarur (1914-1979), a qual promove a independência espiritual do ser humano.
Mesmo sendo fato polêmico, o dia Sete de Setembro marca a história do Brasil: D. Pedro I (1798-1834), príncipe herdeiro do trono, que ficara em terras brasileiras após a volta de sua família a Portugal, proclama a emancipação política brasileira em 1822, às margens do riacho do Ipiranga, com o famoso brado: “Independência ou morte!”. Desde a vinda da Família Real, em 1808, à Pátria do Cruzeiro do Sul, o projeto foi criar um novo império, tendo em vista seu quase desligamento do Velho Continente. D. João VI (1767-1826) vê na colônia uma esperança de recomeço, de desenvolvimento nos mais variados campos, como o econômico, o cultural e o político. Por isso, muitos até consideram que a separação da metrópole se inicia nesse momento, quando o Brasil se torna Reino Unido a Portugal e Algarves. A independência lança ao País o desafio de caminhar com as próprias pernas.
Damos um salto no tempo e chegamos à década de 1950. O mundo, que se recupera de um repugnante conflito global, está separado em dois blocos ideológicos e econômicos, desencadeando a guerra fria, que alimenta uma competição tecnológica e política firmada em intensa corrida armamentista. Em 1959, a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) acelera a disputa espacial com os Estados Unidos da América, lançando as primeiras sondas com destino à Lua. No Brasil, que anda nos seus fuscas ao ritmo da Bossa Nova, o governo de Juscelino Kubitschek (1902-1976) labuta por um crescimento de “cinquenta anos em cinco”, e se iniciam os preparativos das eleições que ocorreriam no ano seguinte. Nesse contexto estão sendo concluídas as obras para a inauguração da nova capital federal — Brasília, que se daria em abril de 1960.
Em meio a essa movimentação, um homem se empenha no estudo e na revelação de uma Mensagem Divina, trazida por Jesus Cristo, a qual visa mais do que à evolução material de povos, nações ou filosofias: busca o desenvolvimento do ser humano e de seu Espírito Eterno. Alziro Zarur (1914-1979), radialista, jornalista e poeta, saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo — e Fundador da gloriosa Legião da Boa Vontade (LBV), em 1o de janeiro de 1950, Dia da Confraternização Universal —, desde seus 12 anos já intuía e trabalhava por ideais elevados. Certa vez destacou: “(…) De 1926 até agora, não tenho feito outra coisa senão explicar quem é Jesus e o que é o Seu Novo Mandamento: salvar vidas e almas para Deus”.
Esse momento patriótico nos leva a repensar nossa concepção de liberdade, pois num mesmo marcante Sete de Setembro, mas agora em 1959, Zarur proclama o Novo Mandamento de Jesus, na cidade de Campinas, SP, à multidão presente no antigo Hipódromo do Bonfim.
Sempre nos adverte o Presidente-Pregador da Religião Divina, José de Paiva Netto, sucessor do Irmão Zarur: “(…) Enquanto houver fome, desemprego, falta de teto, menores sem escola e carinho, idosos sem amparo e afeto, gente sem quem a conforte, há uma inadiável emancipação de todas as etnias ainda por fazer”*2. Na mesma sintonia deste trabalho de revelar ao mundo os ensinamentos de Jesus — a Quem Paiva Netto chama de Cristo Ecumênico —, o líder da Juventude Legionária sempre reitera que o Mandamento Novo do Rei dos reis é a fórmula para a verdadeira libertação: a espiritual. Se um dia lutamos por liberdade com armas e derramamento de sangue, esse Divino Ensinamento nos dá a condição de entender que somos muito mais que barrigas vazias lutando por igualdade: somos Espírito. A verdadeira independência vai além do não depender de pessoas e isolar-se livremente, pelo contrário, é perceber que o mundo é feito por todos os seus habitantes, e precisamos que cada indivíduo esteja bem e feliz para que possamos, igualmente, estar assim.
Por quase dois milênios, a Ordem Suprema do Cristo ficou esquecida na Bíblia Sagrada — no Evangelho, segundo João, 13:34 e 35 —, ou foi confundida com a Regra Áurea, trazida por Moisés: “Ama a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo”. Sem dúvida, esta máxima mosaica simbolizou um passo importante para a humanidade, tendo em vista a lei do “olho por olho; dente por dente” em vigor. A esse respeito, no livro Jesus, Zarur, Kardec e Roustaing na Quarta Revelação, de autoria de Paiva Netto, está registrado artigo do saudoso Proclamador da Religião Divina em que apresenta uma mensagem espiritual de Emmanuel, intitulada “O Novo Mandamento”, na psicografia de Francisco Cândido Xavier (1910-2002), Legionário da Boa Vontade.
Afirma Emmanuel: “Disse Jesus: ‘Um Novo Mandamento Eu vos dou: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei’. A leitura do texto induziria o leitor a sentir, nessas palavras do Mestre, absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à Regra Áurea. Entretanto, é preciso salientar a diferença: o ‘ama ao teu próximo como a ti mesmo’ é diverso do ‘que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei’. O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o Novo Mandamento da Comunidade Cristã. (…) Esse é o Novo Mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre todos os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faça o bem e quem saiba agradecer. Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações”.
E conclui Zarur, comentando Emmanuel: “Em suma, sem o Novo Mandamento de Jesus, que é a chave eterna da Bíblia Sagrada, não há Ciência, nem Política, nem Filosofia, nem Bíblia, nem Religião, nem… Evangelho! Só os espíritos sectarizados, ou sectarizantes, não conseguem entender a magnitude do Novo Mandamento: é Novo, mesmo, eternamente Novo, e é de Jesus! E se o Mandamento é novo, e se é de Jesus, revoga todas as disposições em contrário”.
O Supremo Governante do Orbe Terrestre veio pessoalmente nos revelar e exemplificar uma nova maneira de viver, uma postura de vida em que devemos ser “simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes” (Evangelho, segundo Mateus, 10:16). Simples para vivermos com “humildade corajosa”, como afirma Paiva Netto, reconhecendo nossa origem comum: Deus; e assim, conscientes de nosso divino potencial, sermos audaciosos, ao mesmo tempo que prudentes, ao trabalhar para construir um mundo digno, verdadeiramente liberto.
O trabalho hercúleo da LBV, a primeira fase evolutiva da Religião do Terceiro Milênio, se impele para a frente com a força motriz do Mandamento Novo do Cristo, considerado por Paiva Netto o tão procurado Moto-Contínuo. Analisando este trabalho, o famoso filósofo italiano Pietro Ubaldi (1886-1972) declarou que se trata (a LBV) de “um movimento novo na História da Humanidade. Coloca o Brasil na vanguarda do mundo”. De fato, o Sete de Setembro não seria emblemático apenas à outrora Terra de Santa Cruz, contudo, tornar-se-ia notável a todos os povos do planeta, pois a mensagem do Novo Mandamento é universal e transforma cada cidadão para melhor. Paiva Netto declara constantemente sua preocupação em expandir essa mensagem aos quatro cantos do mundo:
“Quando o Irmão Zarur se encaminhava aos estúdios para apresentar mais uma edição radiofônica dos seus famosos programas Campanha da Boa Vontade e Jesus Está Chamando!, dirigi-lhe respeitosamente a palavra com o grande entusiasmo dos meus 16 anos de idade, que não se arrefeceu até hoje nem se apagará jamais: ‘— Presidente Zarur, considero um absurdo essa magnífica Doutrina do Novo Mandamento do Cristo, que o senhor vem revelando em seu sentido oculto e em seu sentido prático*3, continuar restrita ao Brasil. Vou escrever para a ONU, para governos, religiões, partidos políticos, filósofos, associações, universidades, movimentos de jovens, instituições iniciáticas, enfim, para quem puder, chamando-lhes a atenção para as suas notáveis pregações, de modo que sejam fortemente tocados pelas maravilhas espirituais e sociais que estão sendo promovidas pelo senhor e pela Legião da Boa Vontade’. Ele me chamou para perto de si e, muito comovido, me disse: ‘— Paiva, ainda não é o momento. Você fará isso lá adiante, lá no futuro! Mas fará!’. E ficou me fitando longamente, como a me dar força e confiança indestrutíveis”*4.
Ora, não desistindo dessa aspiração, o Irmão Paiva, com seu incansável esforço, concretiza o anseio do grande radialista carioca, que afirmava que o dia mais feliz de sua vida seria quando o Novo Mandamento de Jesus estivesse no mundo. Desde a década de 1990, a LBV mantém representação na Organização das Nações Unidas, e essa mensagem é divulgada massivamente, sendo traduzida pela ONU para os seus seis idiomas oficiais e recomendada a chefes de Estado dos países membros.
Portanto, quando celebramos o aniversário da Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, em cada Sete de Setembro, devemos recordar o imenso valor histórico desse acontecimento. Nós, da Juventude Ecumênica da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, devemos abraçar essa Causa da Boa Vontade e levá-la a todos ao nosso redor, porque recebemos uma tarefa do Divino Mestre (Evangelho, segundo Marcos, 16:15): “Ide e Pregai”. Então, mãos à obra, porque o compromisso é 100% nosso!
Quanto a essa marcante ocasião, o Irmão Paiva Netto assim analisou: “Uma grande coincidência reproduz-se hoje, Sete de Setembro, na história mística do Brasil. Nesta data, no ano de 1959, na cidade de Campinas, São Paulo, Alziro Zarur realizou um importante ato para a libertação espiritual da gente brasileira, ao fazer a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35; 15:12 a 17 e 9). Não somos apenas corpo, mas, antes de tudo, Espírito. E anteriormente à nossa vinda à Terra, nascemos no Céu. Logo, antes de formarmos uma pátria na Terra, constituímos uma pátria no Céu. Dom Pedro I proclamou a independência política do Brasil, faltando ao povo conquistar a sua independência espiritual. Ao revelar-nos o Mandamento Novo do Cristo Ecumênico, o saudoso fundador da LBV convida-nos para esta grande empreitada, pois o Governo da Terra começa no Céu. Isto é Política de Deus”.
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*1 Rodrigo Bosso Galo é um Jovem da Religião Divina de São Paulo, SP, graduado em Sistemas de Informação.
*2 Originário do artigo de Paiva Netto “Jesus, o Abolicionista Esquecido”, publicado na Folha de S.Paulo, em 5 de junho de 1988. Esse trecho também se encontra na obra Crônicas e Entrevistas, do mesmo autor.
*3 Vide PAIVA NETTO, José de. Somos todos Profetas. São Paulo: Elevação, 1999. pp. 81-82.
*4 Revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 93, p. 30.
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