O infarto agudo do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Trata-se da obstrução das artérias coronárias — responsáveis por levar sangue ao músculo cardíaco — provocada, na maioria das vezes, pelo acúmulo de placas de gordura e formação de coágulos. Quando isso acontece, o suprimento de oxigênio é interrompido e parte do coração começa a sofrer necrose. Confira como prevenir o infarto e identificar seus sintomas, para agir rapidamente e evitar sequelas.

Sinais que salvam vidas

Entre os sintomas mais comuns estão dor forte no centro do peito, com sensação de aperto ou pressão, que pode irradiar para o braço esquerdo, mandíbula, costas ou estômago. Em muitos casos, a dor é acompanhada de suor frio, enjoo, palidez, dificuldade para respirar e ansiedade.

A dra. Juliana Vasconcelos, médica do Hospital Oto Santos Dumont, em Fortaleza/CE, alerta para a importância da atenção a esses sinais: “É comum a sensação de sufocamento ou dificuldade para respirar, mesmo em repouso, assim como a transpiração excessiva sem motivo aparente, náuseas e vômitos, e a perda de equilíbrio ou consciência… Quanto mais rápido as pessoas procuram ajuda, maiores as chances de salvar vidas”.

Fatores de risco

Entre os principais vilões do coração estão o tabagismo, o sedentarismo, o excesso de peso e o estresse crônico. Além disso, condições como diabetes e hipertensão aumentam em até quatro vezes a probabilidade de um infarto.

A cardiologista dra. Roberta Saretta, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo/SP, reforça que a doença é uma ameaça silenciosa, especialmente para as mulheres: “O infarto mata quatro vezes mais do que o câncer de mama, por exemplo. O ataque de coração já ultrapassou a incidência de AVC [Acidente Vascular Cerebral] nas mulheres”.

Prevenção é a melhor aliada

Apesar dos números alarmantes, especialistas são unânimes: grande parte dos casos de infarto pode ser evitada com mudanças no estilo de vida e controle dos fatores de risco.

Entre as recomendações mais eficazes estão a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável, controle de doenças como hipertensão e diabetes, abandono do cigarro, sono de qualidade e manejo do estresse.

O cardiologista dr. Roberto Kalil, também do Hospital Sírio-Libanês, é categórico: “O coração é uma bomba de músculo que bombeia sangue para o corpo inteiro. Ele é irrigado por uma das artérias coronárias. E o infarto ocorre quando uma dessas artérias entope, obstrui e falta sangue para uma região do coração. Aquela região morre. Tempo é vida. Você tem que abrir a artéria o quanto antes. É a doença que mais mata no mundo inteiro”. E prossegue: “Estudos mostram que a prevenção pode diminuir a mortalidade, globalmente, em até 50%. Ou seja, milhões de pessoas são salvas ao diminuir os principais fatores de risco, como cigarro, sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol alto”.

Tratamento imediato ajuda a salvar vidas

Quando o infarto acontece, o tempo é um fator crítico. O tratamento imediato e a reabilitação cardiovascular são cruciais para minimizar os danos e melhorar a recuperação do paciente. Basicamente, é necessário desobstruir a artéria afetada, seja por meio de angioplastia

— cirurgia em que é usado um balão e implante de stent — ou com medicamentos fibrinolíticos, que dissolvem o coágulo. Além disso, o paciente recebe remédios que evitam novas obstruções, controlam a pressão arterial e ajudam na recuperação do músculo cardíaco.

Prevenção é o melhor remédio

Ficar atento aos sinais do corpo, adotar hábitos saudáveis e buscar ajuda médica imediatamente ao menor sinal de infarto pode salvar vidas. O coração precisa de cuidado constante e isso começa muito antes de qualquer sintoma.

A mensagem dos especialistas é clara: prevenção é responsabilidade de todos. E o momento de agir é agora.

A Ciência como aliada

Para além dos cuidados imediatos, a Ciência tem avançado significativamente na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares. O educador e escritor José de Paiva Netto destaca a importância de se cultivar o Bem consigo mesmo e com o pró- ximo, para que o organismo físico reflita a saúde espiritual, que é fortalecida por meio da prática das Boas Obras: “Hoje, até a Ciência já considera que a Espiritualidade Ecumênica pode reduzir o risco de doenças tidas como graves ou incuráveis. Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação (…), declarou o pesquisador, professor e psicobiólogo Ricardo Monezi: ‘Atualmente já temos diversos relatos na Ciência de que uma pessoa que exercita o bom pensar, a felicidade, todos os bons sentimentos tem um potencial de defesa do corpo muito maior do que uma pessoa pessimista’. (…) Eis aí: “Espírito saudável é medicina preventiva para o corpo”.