“Após saber da gravidez comecei com o exame pré-natal, sem nenhuma anormalia. No sexto mês, tive um problema de pré-eclâmpsia (perda de proteína pela urina) que aumentou minha pressão arterial, me deixando duas semanas internada. Logo após, no sétimo mês de gestação, tem início uma grande luta. Tive um descolamento de placenta em que perdi muito sangue e fui parar no hospital em coma profundo. Neste momento, de forma prematura, dei à luz João Pedro Guerra de Oliveira, meu querido filho, que nascera, pesando 1,230g, e com problemas pulmonares. Eu continuava em coma, sem nada poder acompanhar. Minha mãe Helenir Guerra, ouviu da médica: “Vamos tentar salvá-la, mas perca as esperanças com relação ao bebê”, no que, com sua fé inabalável, respondeu: “Você está enganada! Os dois irão sobreviver.” Posteriormente, recebi a notícia de que meu filho estava na sala de reanimação da Unidade de Terapia Intensiva—UTI e só tinha 2% de chances de se manter vivo. Quando eu e meus familiares fomos vê-lo, nossa primeira atitude foi elevarmos a Jesus a Prece Ecumênica do Pai Nosso pedindo por sua saúde. Trabalho na Rede Boa Vontade de Rádio, e nossa missão é levar conforto espiritual ao Povo. Já tinha ouvido muitos depoimentos emocionantes e naquele momento sentia que começava a minha história de vida, história de uma luta, o meu testemunho do poder da Fé. Entretanto, como acontece com todos os que crêem em Jesus, tive uma certeza no fundo da minha alma: a certeza da vitória. A UTI néo-natal passou a ser minha casa, tanto que fui morar no alojamento do hospital. Foram sete meses e quinze dias com meu filho numa incubadora. Convivi com diversas mães que também tinham seus filhos lá internados. Fazia preces a Jesus pedindo pelos médicos e enfermeiros, pois lá era um ambiente de sofrimento e de muita esperança, onde bebês lutavam pela vida. O tempo passava. Mães entravam e saiam e eu continuava lá. Por várias vezes ia correndo chamar os médicos, pois os equipamentos visavam que meu filho estava prestes a ter um problema. João Pedro era uma criança muito forte. Às vezes tinha apnéia (parada de respiração) e ficava todo roxo. Após o médico reanimá-lo, meu filho voltava a respirar com um belo sorriso. Neste período me lembrava muito de uma passagem do Evangelho de Jesus que diz: “No mundo tereis tribulação. Mas tende bom ânimo; porque Eu venci o mundo” (João, c:16, v: 33).

No mês de julho, tive uma ótima notícia: o Dr Bezerra de Menezes (Espírito) estaria presente no Espaço Ecumênico da Religião de Deus, no Riachuelo, aqui no Rio de Janeiro. Era o Encontro das Duas Humanidades, e em seu chamado na rádio, o ilustre médico pedia para que apresentássemos nossa Fé. Só que eu não podia sair do hospital, pois meu filho dependia muito dos meus cuidados. No dia da Reunião estava decidida. Chamei a enfermeira e disse: “Vou precisar sair hoje”, e ela falou que eu precisava ficar, não podia ir, sem mim seria difícil, etc. Olhei-a fixamente e, quase com um grito, retruquei: “Vou sair porque vou buscar a cura para o João Pedro!” Durante a reunião, eu só agradecia. Afinal, meu filho, que nascera com 2% de chances de sobreviver, estava até aquele momento entre nós. Quando o Médico Espiritual chegou próximo a mim, fiz um pedido: “Dr Bezerra, gostaria que a vibração desta reunião chegasse até a UTI do hospital onde está meu filho” e ele, com autoridade, fraternidade e muito amor, disse as palavras que jamais esquecerei: “Nós vamos curá-lo”. Nossa, foi muito bonito! Dois dias depois meu filho teve alta. João Pedro agora está saudável em casa. Os cuidados médicos continuam, mas meu filho agora é um imbatível Soldadinho de Deus. Estou muito feliz! Se já gostava de meu trabalho na Rádio Boa Vontade, agora valorizo mais o sagrado objetivo de levar Espiritualidade às pessoas.”