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(publicado em JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 102, jun/jul/ago 2008)
Com muita expectativa, os leitores de JESUS ESTÁ CHEGANDO! aguardaram a publicação desta segunda parte de “Jesus, a Dor e a Origem de Sua Autoridade”, constante da série radiofônica O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, na palavra do Irmão Presidente-Pregador da Religião de Deus, José de Paiva Netto, que ─ por intermédio de sua “pena brilhante”, no dizer do Dr. Valdir Andres, diretor-presidente de A Tribuna Regional de Santo Ângelo/RS, relativamente aos seus artigos veiculados no tradicional periódico missioneiro ─ vem publicando-a nesta seção, em capítulos.
O autor não só banha a escrita bíblica da eloqüência e solenidade que as narrativas sagradas demandam, como também facilita uma visão ampla, renovadora, ecumênica e atual das profecias do Antigo e Novo Testamentos.
Em mais esta grande aula da Política de Deus, Paiva Netto nos impele ao exercício de compreender as diferenças e similitudes entre Poder e Autoridade e a identificar o fio tênue existente entre essas duas forças presentes na vida humana e espiritual dos povos; elementos que Jesus soube muito bem utilizar em benefício da Humanidade.
Sugerimos aos prezados leitores que, antes de darem início ao estudo dessas páginas, concentrem-se e façam uma prece a Deus, nosso Pai. Se não forem de práticas religiosas, que meditem na energia da Criação, na Natureza. É fundamental que se analise esse documento — em face do alto teor espiritual que dele emana — toda vez que buscarem compreender a Autoridade e o Poder de Jesus, o Cristo Ecumênico.
Os Editores
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— “O Pai me ama, pois Eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim, pelo contrário. Eu espontaneamente a ofereço. E tenho Autoridade para a entregar e também para reavê-la. E este MANDATO recebi de meu Pai” (Evangelho de Jesus, segundo João, 10:17 e 18). (O grifo é nosso.)
Observaram o que anunciou o Divino Mestre? Quem possui tamanha Autoridade para tal afirmativa de desprendimento é Aquele (Jesus) que corporifica a noção exata do verdadeiro Poder: a de não apegar-se a ele; mas, sim, o Poder de dominar o Poder, a ponto de reassumir a própria vida, pois, pela evolução espiritual conquistada de per si, não necessita mais dele — do modo como em geral é conhecido e erroneamente vivido pelas criaturas humanas —, posto que em pessoa o encarna. Ele é o Poder em Si mesmo! Aquele que abrange quem — por força do Espírito — se libertou da ignorância, uma vez que descobriu e aceitou a Verdade de Deus (Evangelho, segundo João, 8:32), e por ela tornou-se livre, porquanto buscou o Reino Celeste e Sua Justiça, para merecer que as coisas materiais (o poder humano, entre elas) lhe sejam acrescentadas, conforme nos instruiu Jesus na Sua Boa Nova (Mateus, 6:33).
Alziro Zarur (1914-1979) apontou a passagem evangélica citada como a Fórmula Urgentíssima. Publiquei suas palavras no Livro de Deus (p. 111):
“Somente o estadista que souber Apocalipse saberá prever para prover, governando com acerto, evitando que sua Pátria seja esmagada pelo próximo e último Armagedom (Apocalipse, 16:16). A Fórmula Perfeita para resolver os grandes problemas dos chefes de Estado, na ciência do governo dos povos, é a de Jesus: ‘Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas materiais vos serão acrescentadas’ (Evangelho, segundo Mateus, 6:33). Quer dizer: não haverá soluções perfeitas fora das Leis Eternas, que regem a Terra. O contrário é combater efeitos, enquanto as causas permanecem”.
Desde menino, Albert Einstein (1879-1955) sonhava cavalgar num feixe de luz, na freqüência vista e sentida pelos Seres Humanos. Faltou ao cientista genial aprender a transportar-se num raio de Divina Luz, que obedece a leis além da física, cuja compreensão dos fatos é cosmicamente superior ao entendimento fornecido pela extraordinária física convencional. Então, ele não teria apenas alcançado a Teoria DE Tudo, pois chegaria muito adiante: à Teoria DO Tudo.
Por sinal, decifrar a transcendente mensagem do Cavaleiro do Cavalo Branco (Apocalipse, 6:1 e 2) que, além de receber o arco e a coroa (símbolos do Poder e da Autoridade), “saiu vencendo e para vencer”, auxilia-nos a desvendar o ainda encoberto na Ciência, visto que o Divino Mestre afirma no Seu Evangelho (segundo Mateus, 10:26): “Não há nada oculto que não venha a ser revelado”.
Observem que o Cavalo Branco é o único que surge duas vezes no Apocalipse (19:11), na segunda vez trazendo em “sua boca uma espada afiada de dois gumes” (19:15). Nesta minha interpretação específica, o gume inferior significa a física tradicional; o superior, a Divina. (…)
Afinal, trata-se de Jesus, o Cristo de Deus, Quem, no Evangelho e no Apocalipse, fala sobre a Verdade que, pouco a pouco, vamos descortinando. Aquele que, desde antes da fundação do mundo, estava integrado no Pai. Tem, portanto, em Si todo o conhecimento que provém do Supremo Criador do Universo, razão por que é o Cristo Ecumênico, o Senhor DO Tudo, Aquele que é, por isso mesmo, a Chave Maga da própria Teoria DE Tudo, que Einstein procurou enunciar, partindo infaustamente do transitório, ou seja, a ciência restrita a parâmetros terrestres, por isso, limitada, até perante o descomunal avanço genialmente apresentado na pequenina, porém, fenomenal Equação da Relatividade: E=mc2. Todavia, existe uma Física além da física. E esta, com certeza, o eminente filho de Ulm, na Alemanha, sem demora aprendeu no Mundo Espiritual, quando, falecendo em Princeton, nos Estados Unidos, para lá subiu em 1955. Com seu saber ampliado — pela Física além da física — preparou-se para, quando à Terra voltar, numa vida nova, expor à Humanidade, com seu espírito de modéstia, a Teoria DO Tudo:
— “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e nada do que se fez foi feito sem Ele: Cristo Jesus. A vida estava Nele, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (Evangelho de Jesus, segundo João, 1:1 a 5).
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”, isto é, O TUDO, que o grande pensador judeu-alemão tentou exprimir.
Não foi sem motivo que, há tantos anos, já lhes disse*1:
Deus não tem forma humana. Logo, não se trata do que tão restritivamente alguns ainda cogitam a Seu respeito. O Ser Humano por enquanto não O vê, mas pode senti-Lo toda vez que, em verdade, ama, e Dele se afasta quando odeia. Deus seria, poetizando, uma Sublime Equação cujo resultado é o Amor Infinito: O TUDO.
Einstein redivivo, no futuro, há de O revelar, digamos, com uma Equação da Integridade EspAcial e Temporal, divinamente entendidos. Não mais da relatividade espEcial ou da relatividade geral, com o que de maneira irreversível transformou o mundo, pois terá ido mais além. Nessa ocasião, enunciará uma nova fórmula em que um dos elementos matemáticos fundamentais será o Amor, “sublime impulso do Bem, fator gerador de Vida, que está em toda a parte” e é O TUDO (que lhe faltou) na Teoria que procurava definir, talvez ainda sem que sua mente notável o percebesse, constringida pela convenção dos seus pares temerosos de alçarem-se à Ciência da Física que paira além da física.
Será, pasmem!, ao mesmo tempo, a Política com todas as letras maiúsculas, a que não se restringe aos parlamentos da cultura unicamente humana, porquanto, repito-lhes com assiduidade, o governo da Terra começa no Céu. Contudo, diga-se de passagem, desservido pelo bombardeio constante do livre-arbítrio mal-empregado pelos Seres Terrestres.
Diz o Profeta Maomé, no Corão Sagrado, II Surata, versículo 167:
— “Assim Deus lhes mostrará que suas ações são a causa de seus lamentos”.
Portanto, é hora de — com decisão — deixarmos de pôr em Deus a culpa de nossas molecagens, tais como a de arruinar a nossa residência coletiva, enquanto bizantinamente discutimos “quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete”.
Lembremos o Apóstolo Paulo que, na sua Primeira Carta aos Coríntios, 13:2, iluminado pelo Cristo Ecumênico, argumentou:
— “Eu podia ter o dom da profecia, conhecer todos os mistérios e toda a ciência; ter fé capaz de transportar montanhas, logo que eu não tivesse Caridade (isto é, Amor), já não valia nada”.
E não vai aqui nenhum desmerecimento ao esforço e dedicação do velho e querido Albert. Mas, na sua inspirada assertiva, o Apóstolo dos Gentios aponta que: se partirmos de cálculos científicos ou planejamentos sociais e políticos, sem que o Amor (sinônimo de Caridade) seja o elemento inicial, jamais alcançaremos o sentido maior da Criação, que é Deus, com Suas criaturas. Assim sendo, tudo o que fizermos ficará pela metade, com resultados aquém do pretendido ou iniquamente contrários ao que fora almejado.
Ora, a famosa constatação do Evangelista-Profeta (Evangelho de Jesus, segundo João, 1:1 a 5) — que se encontra, à espera de ser descoberta, na Teoria DO Tudo, ainda a ser exposta pelo cientista que compreender que há uma Física além da física — será levada adiante, até a vitória total, pelos pioneiros da Política de Deus — dure quanto tempo for necessário, pois, de acordo com Leibnitz (1646-1716), “Natura non facit saltum”.
Para se chegar à Teoria DO Tudo convém levar em consideração estas palavras do Apóstolo Pedro, em sua Segunda Epístola, capítulo 1, versículos 5 a 9:
— “5 Esforçai-vos, quanto possível, por unir à vossa fé a virtude, à virtude a ciência,
“6 à ciência a temperança, à temperança a paciência, à paciência a piedade,
“7 à piedade o amor fraterno, e ao amor fraterno a caridade.
“8 Se estas virtudes se acharem em vós abundantemente, elas não vos deixarão inativos nem estéreis no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“9 Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, esquece-se de que foi purificado dos antigos erros”.
Um dia, “as trevas” aceitarão integralmente a Luz, deixando de ser sombra. Para isto, aí está a Mídia da Boa Vontade*2, cujo lema é Jesus dessectarizado. E, pelo mundo, também, tantos outros que, à sua moda, batalham pelo triunfo da Solidariedade capaz de manter os Seres Terrestres, de início, pelo menos razoavelmente unidos.
Jesus, com clareza, a todos advertiu:
— “Uma casa dividida não reina” (Evangelho, segundo Marcos, 3:25),
que assim poderemos entender: uma Humanidade teimosamente beligerante pode esquecer-se de que o solo sob os seus pés dá sinais de alta perturbação, a solicitar as atenções de todos, antes que até o ar se torne irrespirável e a água falte para multidões que não serão contidas.
A mensagem da Doutrina do Mandamento Novo do Cristo Planetário (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35), proclamada pela Religião de Deus, deve ser divulgada por Vocês, por todos os meios possíveis, aos que aguardam o Toque Divino. O “Ide e Pregai” de Jesus — em Espírito e Verdade, à luz do Mandamento Novo do Cristo Ecumênico — é inteiramente de Vocês, jovens de corpo e de Espírito, que se não deixam consumir pela cultura dominante.
E esse Seu Poder de a tudo iluminar é tão infinito que Lhe permitiu construir, na qualidade de Cristo de Deus, um Planeta: a Terra.
Por não ser egoísta, Jesus, o Misericordioso, respondeu aos que O queriam apedrejar, inspirado em Salmos 82:6:
— “Não está escrito em vossa Lei: Eu disse: sois deuses?” (Evangelho, segundo João, 10:34).
E, prosseguindo:
— “E, como tal, podereis realizar mais do que Eu, porquanto permanecereis neste mundo, e Eu volto para o Pai” (Evangelho, consoante João, 14:12).
Que responsabilidade espiritual Jesus, o Cristo Ecumênico, depositou em suas Almas!!
O escritor francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944)*3 avisou a quem o quisesse escutar:
— “Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Diante disso, só um louco faria a sementeira do mal de que desesperadamente se arrependa depois.
Apesar de tudo isto: ter o Poder encarnado em Si mesmo e formar com o Pai uma unidade (“Eu e o Pai somos Um” — Evangelho, consoante João, 10:30), Jesus deixou-se crucificar pela ignorância humana, pois — sendo o Bom Pastor — única e exclusivamente desejava, deseja e desejará sempre a salvação das ovelhas que o Pai Celestial Lhe confiou:
— “Quando Eu estava com eles, sempre os protegi, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura” (Evangelho do Cristo, segundo João, 17:12).
Do sacrifício individual, do devotamento completo, pois, nasce a Autoridade de Jesus (Apocalipse, 1:5). Bem diverso do que no passado e hoje ocorre na Terra. Eis um ponto sobre o qual todo fiel e valente Militante da Política de Deus deve meditar e ter a decisão de seguir. É o contrário do que tristemente ainda se vê neste orbe de expiação, onde o exercício do poder quase se tornou sinônimo de corrupção e impunidade:
— “O poder tende a corromper; o poder absoluto corrompe absolutamente”.
Lord Acton*4 (1834-1902)
Os discípulos da Política de Deus — Política para o Ser Humano e seu Espírito imortal — são vanguardeiros e baluartes de uma transformação jamais vista na História: exercitar a verdadeira Política é um ato que requer sacrifício e consagração apostólica ao Povo, que, para libertar-se realmente, precisa conhecer e praticar a Doutrina do Novo Mandamento de Jesus:
— “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos. Não há maior Amor do que doar a sua própria Vida pelos seus amigos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35, 15:9).
Sobre o Poder de Jesus e a Sua Missão, escreveu Allan Kardec (1804-1869) em A Gênese, páginas 326 e 327:
— “De todos os fatos que dão testemunho do poder de Jesus, os mais numerosos são, não há como contestar, as curas. Queria ele provar dessa forma que o verdadeiro poder é o daquele que faz o Bem; que o seu objetivo era ser útil e não satisfazer à curiosidade dos indiferentes, por meio de coisas extraordinárias.
“Aliviando os sofrimentos, prendia a si as criaturas pelo coração e fazia prosélitos mais numerosos e sinceros, do que se apenas os maravilhasse com espetáculos para os olhos. Daquele modo, fazia-se amado, ao passo que se se limitasse a produzir surpreendentes fatos materiais, conforme os adversários reclamavam, a maioria das pessoas não teria visto nele senão um feiticeiro, ou um mágico hábil, que os desocupados iriam apreciar para se distraírem.
“Assim, quando João Batista manda, por seus discípulos, perguntar-lhe se Ele era o Cristo, a Sua resposta não foi: ‘Eu o sou’, como qualquer impostor houvera podido dizer. Tampouco lhes fala de prodígios, nem de coisas maravilhosas; responde-lhes simplesmente: ‘Ide dizer a João: os cegos vêem, os doentes são curados, os surdos ouvem, o Evangelho é anunciado aos pobres’. O mesmo era que dizer: ‘Reconhecei-me pelas minhas obras; julgai da árvore pelo fruto’, porquanto era esse o verdadeiro caráter da Sua missão divina”. (Os negritos são nossos).
Zarur, na entrevista (Política, Evangelho e Apocalipse) que concedeu ao jornalista Raul Bruce, o famoso Gramury, em 2 de março de 1964, e que publiquei no Livro de Deus, declarou:
— “(…) Não adianta combater efeitos: o que adianta é extirpar as causas que geram esses efeitos, que estraçalham a Nação. Tudo se resume, portanto, numa questão de humildade: poderiam os governantes reconhecer que estão abaixo de Deus?”. (…) Eu tenho uma fórmula que, uma vez aplicada, fará com o nosso país o que fez José do Egito, na hora das vacas magras. A fórmula, evidentemente, é de Jesus*5. Logo que seja aplicada, para valer, estará automaticamente convocada, para governar, a nata mental do Brasil. Por isso mesmo, quero deixar bem claro que o PBV é o partido dos partidos. Um dia, ele fará no terreno político o que a LBV está fazendo no campo religioso. (…) Irei buscar os valores reais, onde estiverem, sejam quais forem suas correntes partidárias. Acima de todos os partidos, permanece o Brasil! Mesmo que fossem meus inimigos gratuitos (porque jamais tive tempo para cultivar inimigos), eu os iria buscar, dizendo a cada um: ‘Meu amigo, quem o convoca é o Brasil’. Na verdade, saber governar é o problema. Fazer com que todos trabalhem, com alegria, com entusiasmo, com Boa Vontade, só mesmo com o Poder de Deus”. (O negrito é nosso).
É necessário, pois, que os pioneiros da Política Divina se compenetrem de tudo o que foi aqui exposto em — “Política exige sacrifício pessoal”, para que “não venham a cair em tentação”. Pergunta Jesus, o Cristo Ecumênico, no Evangelho, segundo Marcos, 8:36:
— “De que adianta ao Homem conquistar o mundo e perder a sua Alma?”.
Quem quiser sobreviver neste orbe, honrando o compromisso com Deus — para exercer a Política Celeste, aquela nascida do seio do Supremo Governante do Planeta Terra, a que surgiu para atender a uma exigência espiritual do Povo brasileiro, conforme declarei em 31/12/1967, ao me referir à missão do Partido da Boa Vontade, e que foi talhada para o Ser Humano e seu Espírito eterno —, tem de ter a bravura de um Paulo e a estratégia e a decisão de um Pedro; porém, igualmente, a indispensável cordura do Cristo no coração.
Ele ensinou:
— “Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de mim que sou simples e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas Almas. Eis que o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Evangelho, segundo Mateus, 11:29 e 30).
Essa palavra do Senhor de nossas vidas é política de oposição à cultura do desamor e da crueza, da corrupção, da conivência com o mal e da impunidade, que levam multidões à ignorância, ipso facto, à servidão, à fome, à doença e à morte.
(Defendemos a Paz, contudo queremos deixar bem claro que não compactuamos com a corrupção e a impunidade).
Cumprir as lições de Deus em benefício dos desamparados e dos desiludidos é vibrar nesta exclamação de Paulo na Segunda Carta aos Coríntios, 6:11:
— “(…) o nosso coração ampliou-se para vós, há um amplo espaço nele!”.
Este é um Planeta de expiações. Por esta razão, a Dor nos faz sofrer, ao passo que, e por isso mesmo, é a libertação da Alma. Por meio dela, Jesus alcançou a Sua Divina Autoridade. E não fugiu de Seu infortúnio:
— “Pai, todas as coisas Vos são possíveis: afasta de mim esse cálice. Contudo, se for da Vossa Vontade, que se faça de acordo com ela, e não com a minha” (Evangelho, segundo Marcos, 14:36).
Diante disso, o missionário de Deus precisa compreender a Dor como instrumento de vitória ante o Céu, para possuir o Poder de reformar a Terra, transformando os seus habitantes de fora para dentro:
— “Porque vós sois o Templo do Deus Vivo, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios, 6:16).
Não significa que para obter tamanhas vitórias o Ser Humano tenha fatalmente de carpir sofrimentos. Emmanuel explica em Perante Jesus*6, que
— “E, quando ocorre, em momento oportuno, o nosso contato indispensável com os mecanismos da Justiça terrena, eis que a influência de todos aqueles a quem, porventura, tenhamos prestado algum benefício aparece em nosso auxílio, já que semelhantes companheiros se convertem espontaneamente em advogados naturais de nossa causa, amenizando as penalidades em que estejamos incursos ou suprimindo-as, de todo, se já tivermos resgatado em amor aquilo que devíamos em provação ou sofrimento, para a retificação e tranqüilidade em nós mesmos.”
Todavia, infelizmente, a Dor é o quadro deste mundo. E a Criatura Terrena ainda não soube de que modo vencer essas condições que ela mesma criou. Concluiu Jesus, por isso, que:
— “(…) a cada um de acordo com as suas próprias obras” (Evangelho, consoante Mateus, 16:27).
Basta notar que a procura desenfreada de prazer, que se comprova na atualidade, tem resultado no contrário do que se almeja. Exemplo: estamos “alegremente” acabando com a nossa morada planetária única.
Muito oportunos estes dois pensamentos do Talmude:
— “Tudo é predestinado, mas a vontade humana tem liberdade de ação”.
No entanto, o livro de Sabedoria dos Irmãos judeus admoesta:
— “O mundo será julgado com bondade — mas tudo depende de vossas obras”.
A ação da Mestra Dor, como instrumento de Justiça num orbe que até hoje não aprendeu a amar fraternalmente, não se restringe ao plano físico, porque se encontra atuante nas regiões umbralinas invisíveis que nos cercam. Há quem as chame de inferno. Só que ele não é eterno, porquanto perene constitui, única e exclusivamente, o Amor de Deus, que, pelo mecanismo da Reencarnação — que não é uma Lei punitiva, mas de oportunidade à Alma em dívida para com outras Almas e com o Pai Celestial —, permite a Seus filhos que se redimam dos pecados cometidos. Deus é um Pai de Clemência e de Misericórdia.
Exclamou Maomé, o Profeta do Islã, no Santo Corão:
— “Ah, se pudesses ver os pecadores, cabisbaixos, ante seu Senhor! Exclamarão: ‘Ó Senhor nosso, agora temos olhos de ver e ouvidos de ouvir! Retorna-nos ao mundo e praticaremos o Bem, porque agora estamos persuadidos!’”.
O abnegado Espírito Doutor Bezerra de Menezes (1831-1900), que aniversariou a 29 de agosto, Missionário de Deus, ilustre parlamentar na Terra, passa-nos um indispensável ensinamento, muito útil nestes tempos de transição apocalíptica — o fortalecimento de caráter também dos políticos que tenham olhos de ver e ouvidos de ouvir:
— “(…) há um momento em que a atitude de Amor pede a Verdade a fim de escapar dos pântanos da omissão. Estamos nesse momento. As diretrizes do Espírito Verdade não pactuam com as conveniências, embora não incentivem o desamor. Esse tempo é daqueles que souberem ser coerentes, sem que a coerência custe o preço da discórdia tempestuosa. O desagrado existirá porque a verdade incomoda quem se acostumou aos caminhos largos.
“Estamos no tempo dos ‘caminhos estreitos’, e os que aceitarem perlustrá-los não terão as coroas de glórias passageiras e nem a aclamação geral dos distraídos do caminho. Serão taxados de egoístas simplesmente por decidirem buscar a ‘contramão’ das opiniões e a percorrer o caminho inverso das consagrações humanas (…)”.*7
Essa lição do nobre Dr. Bezerra vem ao encontro do que lhes tenho dito durante as pregações do Evangelho e do Apocalipse de Jesus, em Espírito e Verdade, pelo prisma do Novo Mandamento do Cristo Ecumênico: é nos momentos de crise que se forjam os grandes caracteres e surgem as mais poderosas nações.
Muito acertadamente ensinou o Apóstolo Paulo, em Hebreus, 13:16:
— “Não negligencieis igualmente a prática do Bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz”.
Ora, como já lhes referi, o indivíduo não tem Poder, mas instantes de poder, dos quais prestará severas contas ao verdadeiro Senhor do Poder: Deus, Aquele que tem Autoridade sobre homens, povos e nações.
Aos perseverantes Ele conforta, na Carta que Jesus remete aos que, na Igreja em Tiatira (Apocalipse, 2:26 a 29), mantêm-se fiéis e na Sua perseverança:
“26 Ao vencedor, e ao que guardar até ao fim as minhas obras, Eu lhe darei poder sobre as nações,
“27 e com cetro de ferro as regerá, e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro;
“28 assim como também Eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã (a estrela Dalva).
“29 Quem tem ouvidos de ouvir ouça o que o Espírito diz às igrejas do Senhor”.
Louvado seja Deus!
NOTAS:
*1 Vide Crônicas e Entrevistas, de Paiva Netto, Editora Elevação (2000), no capítulo “Deus, Equação, Amor”.
*2 Mídia da Boa Vontade — Composta pela Boa Vontade TV (Brasil, Estados Unidos, Canadá, México e países da América do Sul), Rede Mundial de Televisão, TV Ecumenismo, Super Rede Boa Vontade de Rádio, Portal Boa Vontade (www.boavontade.com), revistas BOA VONTADE e JESUS ESTÁ CHEGANDO!, além de diversas publicações informativas e doutrinárias.
*3 Saint-Exupéry — Escritor francês, piloto. Autor da conhecida obra O Pequeno Príncipe.
*4 Lord Acton — John Emer ich Edward Dalberg-Acton, primeiro Barão de Acton. É tido como o precursor do pensamento neoliberal. Este eminente historiador liberal inglês dirigiu seus esforços na defesa da liberdade, grafando célebres frases de repúdio à concentração do poder, por julgá-lo adversário da liberdade, considerando o Estado e as multidões inimigos centrais da individualidade e das minorias oprimidas.
*5 Zarur e a Fórmula Urgentíssima — Alziro Zarur refere-se ao famoso versículo do Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 6:33. Veja o Livro de Deus, de autoria de Paiva Netto, 1982, página 111. A passagem encontra-se transcrita neste estudo de “Jesus, a Dor e a Origem de Sua Autoridade (Parte B)”, na página 12.
*6 Perante Jesus — Obra de autoria do Espírito Emmanuel, na psicografia de Francisco Cândido Xavier (1910-2002), Instituto Divulgação Editora André Luiz, 1ª edição, 1990, p. 28.
*7 Mensagem do Espírito Dr. Bezerra de Menezes, em 1999, nas comemorações do cinqüentenário do Pacto Áureo.
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