Categorias
Por Paiva Netto
Modo noturnoApresentamos nesta edição de JESUS ESTÁ CHEGANDO! o início do segundo programa da famosa série radiofônica O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, veiculada na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV), de outubro de 1990 a fevereiro de 1992, na palavra do Irmão Presidente-Pregador da Religião de Deus, José de Paiva Netto.
Nesta primeira parte do segundo programa (quarto capítulo da série impressa), o autor recapitula pontos importantes do primeiro programa, publicado nesta seção em três partes.
Como professor zeloso de sua responsabilidade de não deixar pergunta sem resposta, dúvida sem esclarecimento, Paiva Netto amplia a explicação da passagem sobre a Visão dos Glorificados, fortalecendo em cada um de nós a mensagem ecumênica e irrestrita do último livro do Cânone Sagrado.
A profecia da formação de um só Rebanho para um só Pastor, citada por Jesus no Evangelho, e a selagem dos 144 mil de Israel, no Apocalipse, merecem do autor uma analogia das mais peculiares.
O líder da Religião de Deus não se esquece de enfatizar o sacrifício do Sublime Amigo ao dar Sua vida pela salvação da Humanidade, e declara que “(…) historicamente, daí e de outros pontos, consoante demonstraremos, originou-se o Seu Extraordinário Poder, Moral e Espiritual, perante os Seres Humanos; enfim, a Autoridade de Jesus, que divinamente já existia antes da criação da Terra, como Ele próprio anunciou no Evangelho, segundo João, 17:24, ao referir-se ao Pai Celeste, que é eterno”.
Além de recorrer a análises feitas sobre o sentido do “sangue de Jesus”, constante do Novo Testamento, vai também aos Salmos, ao Livro de Daniel e ao Deuteronômio de Moisés, com o intuito de fundamentar sua explanação acerca da Autoridade do Divino Chefe (Apocalipse, 1:5), para revelar-nos as Profecias Finais, mostrando-nos a atualidade dos textos do Antigo Testamento da Bíblia Sagrada que, para alguns, já se achavam superados. Delineia, igualmente, a conduta ético-espiritual para os que almejam tornar-se Militantes da Política de Deus.
Trata-se aqui dos principais assuntos deste capítulo e dos seguintes, nas próximas edições de JESUS ESTÁ CHEGANDO!. Com isso, convida-nos à reflexão perene do quanto necessitamos progredir para entender que a “Caridade é uma Estratégia do Poder Infinito de Deus”.
Os Editores
Neste primeiro capítulo extraído do segundo programa da série O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, em que focalizamos principalmente o versículo quinto do primeiro capítulo do Livro das Profecias Finais, vamos nos demorar mais um pouco, porque abordaremos um tema básico — imanente do Livro da Revelação de Jesus, do Evangelho e, enfim, de toda a Bíblia Sagrada — em torno do qual gira tudo o que existe na Terra e no Céu da Terra: a Divina Autoridade Moral e Espiritual de Jesus (de que maneira a alcançou por merecimento próprio e quanto Lhe tem custado esse Poder, que Lhe promana do Pai Celestial, e que Ele exerce pessoalmente ou por intermédio do Espírito Santo).
Que seja sempre Jesus, o Cristo Ecumênico, o exemplo-mor a ser seguido.
Ele disse:
— “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Evangelho, segundo João, 14:6)*1
É tão rica a Palavra de Jesus, Nosso Senhor, que o emprego, por Ele, do verbo vir neste versículo seria suficiente para comentários de vários programas. “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” Repararam? “VEM”! Significa dizer, apenas para início de conversa, que o Pai está Nele e Ele está no Pai, conforme o Cristo Ecumênico explica nos versículos subseqüentes do capítulo 14. Imaginem o resultado da assertiva Dele que, logo no princípio, justifica o Poder do Senhor deste Planeta, pois o Pai está no Filho, com toda a Sua Divina Essência. Isto é o supino da integração na Terra. A Autoridade Una, que nos apresenta e revela este Apocalipse.
Daí a extraordinária afirmação do Cientista Celeste:
— “Eu e o Pai SOMOS UM”. (Evangelho, segundo João, 10:30)
Motivo bastante para passar-Lhe diretamente a mais notável mensagem de que os povos tanto necessitam:
— “Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer (…)”. (Apocalipse, 1:1)
Vimos, no segundo capítulo do primeiro programa da série O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, o Fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), na Proclamação do Apocalipse de Jesus*2, a certa altura, assegurar:
— “Irmãos e Irmãs, o Rebanho Único não foi formado no Evangelho que vocês leram, mas no Apocalipse que não entenderam; pois, na verdade, já está formado no Reino de Deus”.
Trata-se de um bom desafio do saudoso Proclamador da Religião do Terceiro Milênio aos que amam as Escrituras Sagradas, porém pouco as estudam, mormente o Livro das Profecias derradeiras de co-autoria*3 da mais destacada Autoridade do Planeta, Cristo Jesus, como sobretudo fica explicitado, na parte grafada em negrito (Apocalipse, 1:5):
— “(…) a fiel testemunha, o primogênito dos mortos, e o Soberano dos Reis da Terra. Àquele que nos ama, e pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados”.
É forçoso, pois, salientar que, historicamente, daí e de outros pontos, consoante demonstraremos, originou-se o Seu Extraordinário Poder, Moral e Espiritual, perante os Seres Humanos; enfim, a Autoridade de Jesus, que divinamente já existia antes da criação do nosso orbe, como Ele próprio anunciou no Evangelho, segundo João, 17:24, ao referir-se ao Pai Celeste, que é eterno:
— “Pai, a minha vontade é que onde Eu estiver, estejam também comigo aqueles que me entregastes, para que vejam a glória que me destes; porque Vós me amastes antes da fundação do mundo”.
Por isso, tenho provocado em Vocês, das crianças aos adultos, o interesse permanente de forma que descubram as grandezas que se encontram por trás do simbolismo das letras instigadoras do Apocalipse.
— “O segredo de Deus é para aqueles que O respeitam.” (Salmos, 25:14)
Notamos, no capítulo sétimo, a partir do versículo nono do mais valioso Texto Bíblico para o momento crítico que vivemos, João, Evangelista e Profeta, assistir a um fato maravilhoso: “Uma grande multidão que ninguém podia enumerar”. Portanto, muito maior do que os 144 mil selados de Israel (Apocalipse de Jesus, 7:4), que alguns gostariam que fosse o número literal dos salvos.
Podemos, na verdade, considerar tal cifra, os 144 mil, a representação de um grupo de missionários de ponta, desprendidos, apaixonados com extremo afinco, Espíritos luminosos de várias origens, diversas vezes reencarnando em todos os rebanhos — Jesus não é propriedade do Cristianismo e, sim, o Cabeça da Humanidade —, com a missão de trazer à Terra o recado do Cristo Ecumênico, na linguagem que os incontáveis agrupamentos de povos, tribos e nações podem compreender. Apropriadamente, Zarur explicou, na Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, no antigo hipódromo do Bonfim, na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, em 7 de Setembro de 1959, dia comemorativo da Independência política do Brasil:
— “Há tantas religiões quantos são os graus de entendimento espiritual das criaturas humanas, conforme a soma de suas encarnações”.
Na Visão dos Glorificados (Apocalipse, 7:9 a 17), a multidão é inumerável. Ipso facto, os salvos não serão apenas 144 mil, como alguns querem impingir-nos e, ao mesmo tempo, de certa forma, acusando (percebendo ou não) Deus de impiedoso, porquanto cria bilhões de Espíritos para redimir somente uma parte ínfima deles. Raciocínios tão excludentes semelhantes a esse são dos fatores principais para o crescimento da quantidade de ateus, em nosso país e no exterior. Já lhes afirmei, há tantos anos, que a falência religiosa tem promovido o ateísmo. Mentes racionais não são propensas a aceitar conclusões — em termos humanos — ilógicas, quanto mais aquelas, mesmo que impensadamente, carregadas de crueldade. (A Palavra de Deus, sinônimo de Amor, só pode ser analisada e cumprida sob o impulso desse nobre sentimento, que é a essência Dele.) E o pior é que, digamos para argumentar, Deus é quem paga a conta inventada por irmãos exclusivistas, alguns até bem-intencionados, contudo impelidos despercebidamente pela ação do insinuoso egoísmo. Afinal, somos Filhos do Criador Celeste, formadores de uma única família planetária que deve abolir o ódio de seu meio. Enquanto não nos harmonizarmos, a Terra será consumida por nossa intemperança e visão retardatária, tal como: — “O aquecimento global é idéia absurda de iludidos e enganadores, coisa de ecochatos!” Ora, essa maneira de pensar é causadora do avanço implacável da aniquilação do esplendor do Planeta que nos mantém vivos, cujo resultado, amanhã, mostrará a face triste da inutilidade fatal de atrasadas providências que tomamos (Os Sete Flagelos — Apocalipse, capítulo 16), justificativa para a forte indignação de Alziro Zarur no seu arrasador
Haverá, porventura, solução
Para o mal em que o mundo se debate?
Algo que empolgue ou algo que arremate
A única e suprema salvação?
‘Não há! Não há!’ — responde o coração
Que no meu peito aflitamente bate.
‘Não há! Não haverá!’ — eis o rebate
Ao último S-O-S da aflição!
Então o mundo é mesmo intransformável?
E há de ser sempre assim, tão miserável,
Por mais que a voz do Bem soluce e clame?
E vem-me, em fúria, uma alucinação:
Alcançar o universo nesta mão,
Para arrasar com um murro a terra infame!”
Esse golpe, quem o está desferindo somos nós, Humanidade ainda inconseqüente. Quem mais seria?!
Por isso que, no instante glorioso da Volta Triunfal do Supremo Governante, muitos prantearão:
— “Eis que Jesus vem sobre as nuvens, e todos os olhos O contemplarão, até mesmo aqueles que O traspassaram. E todas as nações da Terra se lamentarão sobre Ele. Sim. Certamente. Amém”. (Apocalipse, 1:7)
Ainda quanto ao Retorno Majestoso de Nosso Divino Condutor, encontramos igual promessa em:
“10 E, estando todos com os olhos fitos no Céu, enquanto Jesus subia, eis que dois Anjos vestidos de branco se puseram ao lado deles,
“11 e lhes perguntaram: ‘Galileus, por que estais olhando para o Céu? Esse Jesus, que dentre vós ao Alto foi elevado, assim virá do mesmo modo como O vistes subir’”.
— “Então aparecerá no Céu o sinal do Filho de Deus; e todos os povos da Terra se lamentarão, e verão o Filho de Deus, vindo sobre as nuvens, com poder e grande glória”.
Peço-lhes que releiam com atenção o descrito no versículo nono do capítulo sétimo do último livro do Cânone Sagrado:
— “(…) Depois destas coisas olhei, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do Trono e diante do Cordeiro de Deus, trajando vestiduras brancas, com palmas nas suas mãos”.
Vestiduras brancas que, conforme se comprova no capítulo 22, versículo 14 do Apocalipse do Cristo Ecumênico, foram lavadas no sangue do Cordeiro de Deus, em virtude do merecimento adquirido pelos persistentes na Fé, por serem fiéis, não medirem sacrifício, dedicação, fervor, devoção e, também, por exercerem pragmatismo no labor de servir ao seu Divino Mestre, sobrepondo-se a todo o tipo de sofrimentos inimagináveis. Isso ocorreu com os Profetas, Apóstolos e Discípulos que enfrentaram — sem jamais desistir do testemunho do Salvador Celeste — provações descritas por Paulo na Carta aos Hebreus, 11:35 a 40:
“35 Pela Fé, uns foram torturados, não querendo resgatar sua vida por alcançarem melhor ressurreição;
“36 outros sofreram ludíbrios de açoites, e, além disso, cadeias e prisões.
“37 Foram apedrejados, foram serrados, pelo meio, foram tentados, foram mortos ao fio da espada; e andaram vagabundos, cobertos de peles de ovelhas, de peles de cabras, necessitados, angustiados, aflitos;
“38 eram Homens de que este mundo não é digno, errantes nos desertos, nos montes, e escondendo-se nas covas e nas cavernas da terra.
“39 Todos eles provados pelo testemunho da Fé, ainda, contudo, não receberam a recompensa prometida,
“40 tendo o Cristo disposto alguma coisa melhor a nosso favor, para que eles, sem nós, não fossem consumados”.
A esses, a justa homenagem do Livro Profético de Jesus, o Cristo (22:14), na Sétima Bem-Aventurança do Apocalipse:
— “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro de Deus, para que lhes assista o direito à Árvore da Vida Eterna, e entrem na cidade pelas portas”.
Quanto ao termo pragmatismo, do qual me ocupo nesta palestra, a razão é a seguinte:
Você pode ser pessoa idealista, espiritualizada, todavia, vigiando e orando (Evangelho de Jesus, segundo Marcos, 13:33), deve mentalmente polir-se para tornar-se prática, de modo a realizar alguma coisa num mundo tão complexo e que levanta tantas dificuldades ao trabalhador do Cristo de Deus, embora nunca lhes abata o ânimo. É necessário juntar o intelecto e o coração ao cabo da enxada.
Cabe ao Seareiro e à Seareira da Boa Vontade jamais esquecerem esta advertência do Educador Celeste, na Boa Nova, consoante Lucas, 16:8. A de que “os filhos da terra são mais perspicazes do que os filhos da Luz”, e lutar para corrigir-se, com a intenção de, na verdade, mostrar-se útil ao seu Divino Senhor, a fim de que não seja atingido, ou atingida, pelas sanções do Apocalipse, porém privilegiado, ou privilegiada, por suas graças sublimes.
Por esse motivo, temos incansavelmente ensinado aos Jovens e aos Veteranos Militantes da Religião de Deus que é preciso querer fazer, fazer, mas fazer certo. Ser ousados no Bem, de forma que não permitam ser usados pelo mal.
Sempre admirei os modelos de coragem e pertinácia. O general norte-americano Omar Nelson Bradley4 (1893-1981), conhecido também pela atenção e zelo que dispensava às suas tropas, foi um dos mais influentes comandantes aliados da Segunda Guerra Mundial. Do seu livro História de um Soldado, separei uma fala do “Soldado-General5”, que ratifica o imperativo senso prático, no enfrentamento de desafios dispostos à competência daqueles que se lançam na defesa, por exemplo, da conservação da Paz:
— “Por mais desesperadora que seja a situação, um comandante experimentado deve sempre mostrar-se confiante na presença de seus subordinados. Pois a inquietação e o nervosismo podem espalhar-se como um câncer por toda a tropa”.
Com certeza, essas qualidades são importantes no mundo de hoje. Contudo, na hora do Armagedom (Apocalipse, 16:16) e da Grande Tribulação, como nunca houve, nem jamais haverá (Evangelho de Jesus, consoante Mateus, 24:21), elas serão indispensáveis. Recordo aqui dois subtítulos de um artigo que publiquei na Folha de S.Paulo, em 4 de maio de 1986:
Para quem apelar naqueles dias terríveis? Para os homens? Mas eles e suas idéias de desenfreado gozo material estarão desbaratados, e o que sobreviver debater-se-á no maior desespero… Só haverá uma solução: Deus! Um amparo definitivo: Deus! Os homens que restarem só acharão um caminho para escapar da loucura coletiva: Deus! Os povos e as nações só terão um comandante e professor, para ensinar-lhes o soerguimento de suas populações, dizimadas e enfermas: Deus! E, com Ele, Jesus Cristo e os Espíritos da mais elevada categoria (o Espírito Santo), que formam o Governo Oculto da Terra, o qual não deixa de existir se alguém — que não O vê — não acredita Nele.
Há quem possa considerar tudo isto ridículo. Muito mais fácil é àqueles — que não conseguem alcançar as idéias e os fatos que estão além da compreensão restrita à carne — negar aquilo que não entendem ou não atingem. É como o caso da raposa da fábula de Esopo (620-560 a.C. aprox.)6 ante as uvas maduras que estavam acima do alcance dos seus saltos acrobáticos: acusá-las de estarem verdes e afastar-se frustrada.
E isso será um descalabro, pois, realmente, muito depende da cabeça dos cabeças.
Sobre a imensa multidão na “Visão dos Glorificados”, recorrendo ao Evangelho do Sábio dos Milênios*7, segundo João, capítulo 10, vemos, no versículo 16, Jesus, o Bom Pastor*8, revelar:
— “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las. Elas ouvirão a minha voz; então haverá um só Rebanho para um só Pastor”.
Ora, buscar essas ovelhas requer do Mestre indescritível imolação: o Seu sangue, isto é, o Seu exemplo de abnegação, com o qual são lavadas as vestiduras dos que O honram até o fim, tais quais os adeptos da Igreja em Esmirna:
— “Sede fiéis até à morte, e Eu vos darei a Coroa da Vida” (Palavras de Jesus, em Apocalipse, 2:10),
e que se tornam brancas pela suplantação da dor deles próprios e por força do extremo devotamento (sangue) do Senhor do Mundo, como no drama do Getsêmani, pouco antes de ser preso pelos beleguins do poder da época, de conformidade com a narrativa de Lucas, 22:39 a 46, e onde igualmente o Divino Crucificado reitera para todos nós
“39 E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os Seus discípulos O seguiram.
“40 E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.
“41 E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava,
“42 Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a Tua.
“43 Então Lhe apareceu um Anjo do Céu que O confortava.
“44 E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o Seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.
“45 Levantando-se da oração, foi ter com os discípulos e os achou como que dormindo de tristeza,
“46 e disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação”.
E como o Ser Humano pode manter-se dignamente, perante Jesus e a Sua Política Eterna, porquanto antes da definitiva reforma social necessário se faz realizar a do Espírito?*9
Alimentando-se do Pão que desceu do Céu, isto é, das palavras e exemplos do Sublime Ser que derramou Seu sangue para a nossa salvação, como se encontra no Evangelho, segundo João, 6:51, e no Apocalipse, 1:5, respectivamente:
I — “51 Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. E se alguém comer deste Pão, viverá eternamente. (…)
II — “5 (…) pelo Seu sangue (Jesus) nos libertou dos nossos pecados”.
Por esse motivo, no versículo 17, do capítulo 10, do Evangelho consoante João, o Cristo Ecumênico completa, afirmando que — pelo fato de se sacrificar por Suas criaturas:
— “o Pai me ama, pois Eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim, pelo contrário. Eu espontaneamente a ofereço. E tenho Autoridade para a entregar e também para reavê-la. E este MANDATO recebi de meu Pai”.
Por que essa insistência na apresentação do Poder e da Autoridade Moral, Espiritual e Divina do Cristo, logo no início da série O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração? Uma das principais respostas está no versículo 44, do capítulo segundo, do Livro do Profeta Daniel, precursor de João Evangelista e Profeta:
— “Mas, nos dias desses reis (do sonho de Nabucodonosor*10), o Deus do Céu suscitará um Reino que jamais será destruído. Este Reino não passará a outro povo. Esmiuçará e consumirá todos estes reinos. Mas ele mesmo subsistirá para sempre”.
A solução podemos encontrar na pregação de Alziro Zarur, quando explicava que:
— “Jesus é o Messias anunciado desde Moisés!”
Onde se acha esta Verdade bíblica? Na palavra do grande líder hebreu, em Deuteronômio, 18:15:
— “O Senhor, Teu Deus, te suscitará um Profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim. A ele ouvirás”.
Para cumprir a Sua inigualável Missão, a Autoridade de Jesus tem de ser superior a qualquer outra nunca vista na Terra; fora do comum, portanto, porque os reinados no mundo, por mais potentes e longevos que sejam, uma hora sempre deparam com o próprio término. Assim como surgem, desaparecem.
Em meu livro Sociologia do Universo — expondo sobre a Divina Autoridade do Cristo Ecumênico: a reforma do social vem pelo espiritual — cito o destacado jornalista e parlamentar brasileiro, Freitas Nobre*11 (1921-1990), ex-vice-prefeito de São Paulo, que exalta o Modelo Social capaz de vencer e suplantar as armadilhas surgidas ao longo do caminho evolutivo do homem. Diz o saudoso marido da dra. Marlene Nobre*12 :
– “Jesus, filho de artesãos, ensinando pelo próprio nascimento a grande lição evangélica dos simples e o amor pelos pobres, foi um revolucionário por excelência, mas não se transformou num caudilho a serviço de grupos ou partidos, porque sua missão transcendia as misérias do Império Romano e não podia por isso mesmo perder-se no labirinto das paixões políticas e das artimanhas da burocracia da administração.
“A vida de Jesus e dos apóstolos ao lado da população cristã de Jerusalém era a demonstração prática e real dos ensinamentos que pregavam a fraternidade e a vida comunitária”.
Voltando ao Profeta Daniel, para quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, no Apocalipse (11:15), escrito séculos depois, corroborando o Livro do Decifrador do Sonho de Nabucodonosor (2:44), encontramos — sobre a notável Autoridade perene de Jesus — o anúncio de que um dia:
— “O Sétimo Anjo tocou a trombeta, e se ouviram no Céu grandes vozes, dizendo: o reino do mundo se tornou de nosso Deus e do Seu Cristo, e Ele reinará por toda a eternidade”.
Então, quem chefiará esse misericordioso Governo Imortal?
Jesus! O Cristo de Deus! O Cristo Ecumênico! O Supremo Comandante da Política Divina, que não corrompe, que não se vende, que não destrói nem mata!
A respeito Dele, escreveu Pedro Apóstolo, em sua Primeira Epístola, 1:19 a 25:
“19 que pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (que vos tem salvado),
“20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no Fim dos Tempos, por Amor de vós
“21 que, por meio Dele, tendes fé em Deus, o qual ressuscitou Jesus dentre os mortos e Lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam (constantemente) em Deus.
“22 Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à Verdade, tendo em vista o Amor Fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,
“23 pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a Palavra de Deus, a qual vive e é permanente.
“24 Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e caiu a sua flor;
“25 a Palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada”.
Louvado é, agora e sempre, Nosso Senhor Jesus Cristo! Que assim seja! Amém!
Nos próximos capítulos, Paiva Netto prossegue a dissertação acerca da augusta Autoridade de Jesus. E, dentre os vários tópicos que trará, destacamos desde agora estes para o conhecimento dos leitores: “O Poder que nasce do sacrifício”, “(…) e as trevas não prevaleceram contra ela”, “Política exige sacrifício pessoal”, “Uma Política de oposição ao desamor e à crueldade”, “Como aprender a encontrar a felicidade”, “Ezequiel e o Rebanho de Jesus”, “Zarur e o Rebanho formado no Céu”, “Moisés e a Rocha”, “Ligação Umbilical”, “Kardec e a ação da carne sobre o Espírito”, “Abrindo a mente”, “Ovelhas pacíficas, mas não passivas”.
Não percam!
NOTAS:
*1 São nossos os negritos que destacam palavras ou expressões nas passagens bíblicas citadas.
*2 Proclamação do Apocalipse de Jesus — Feita por Alziro Zarur (1914-1979), em 1o de outubro de 1972, em Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
*3 Co-autor — Porque Jesus é, com Deus, autor do Apocalipse, conforme podemos ler nos primeiros versículos do último Sagrado Compêndio da Bíblia.
*4 Omar Nelson Bradley — Oficial do Exército norte-americano que comandou o 12o Army Group, assegurando a vitória dos Aliados sobre a Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Conhecido por suas tropas como “The Soldier’s General” (O Soldado-General) pelo zelo e compaixão para com aqueles que estavam sob seu comando, foi o quinto e último desta patente no século 20 a ser promovido com cinco estrelas pelas Forças Armadas do país.
*5 Soldado-General — O título original é The Soldier’s General. Em tradução literal seria chamado no português de “O General dos Soldados”.
*6 Esopo — Nascido na Grécia, seu nome e sua vida são cercados de mistério. Contava histórias simples e divertidas utilizando os mais variados animais como personagens, cujo fundo moral enobrecia. Uma biografia egípcia do século 10 conta que Esopo foi vendido como escravo a um filósofo que, admirado com o seu talento, lhe concedeu a liberdade. Há diversas lendas sobre sua morte. Uma das mais trágicas diz que o fabulista grego teria sido lançado de um precipício, em Delfos, acusado de sacrilégio. As fábulas de Esopo, compiladas por um monge bizantino do século 14, inspiraram numerosos autores.
*7 Sábio dos Milênios — Jesus, o Cristo de Deus, o Cristo Ecumênico.
*8 Jesus, o Bom Pastor — Evangelho do Cristo, segundo João, 10:11: “Eu sou o Bom Pastor; o Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.
*9 A necessidade de reformar anteriormente o Espírito — Vide “A Fórmula Urgentíssima de Jesus”, segundo Alziro Zarur, no próximo número de JESUS ESTÁ CHEGANDO!, na Parte II de “Jesus, a Dor e a Origem de Sua Autoridade”.
*10 Daniel e o sonho de Nabucodonosor — Vide o Livro de Daniel, capítulo 2 integral, Antigo Testamento da Bíblia Sagrada.
*11 Freitas Nobre (José de) — Ilustre político, jornalista e advogado brasileiro. Escreveu nos principais jornais e revistas do País, tendo sido também Presidente do Sindicato dos Jornalistas e Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas. Na política, foi vereador, deputado federal e vice-prefeito de São Paulo. Escreveu 22 obras, dentre as quais Lei de Informação, Le Droit de Repouse, Imprensa e Liberdade e Os Princípios Constitucionais e a Nova Legislação. Foi o fundador da Folha Espírita.
*12 Dra. Marlene Nobre — A famosa ginecologista, presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil) e diretora do jornal Folha Espírita, foi uma palestrante do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência (FOMPEC da LBV), edição de 2004, realizado pelo Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi, que, ao lado do Templo da Boa Vontade, forma o Conjunto Ecumênico da Legião da Boa Vontade, em Brasília/DF. Trata-se do monumento mais visitado na capital do Brasil, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SDET), recebendo anualmente quase 1,5 milhão de peregrinos e turistas.
Acesse gratuitamente nosso acervo =)