Editorial

Fim dos Tempos e os perseverantes em Jesus

Graves acontecimentos virão, mas continuemos fazendo a nossa parte pela sobrevivência do planeta.

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Na edição 126 de JESUS ESTÁ CHEGANDO!, solicitei que fosse publicada uma nota em “Voltamos!”, nestes termos: “Dr. Bezerra, 2017, 2018 e 2019 — O que tem a expor para nós o sábio Dr. Bezerra de Menezes (Espírito) quanto aos três graves e importantes anos de 2017, 2018 e 2019? Ele e o Irmão Espiritual Flexa Dourada têm feito sérias revelações acerca da relevância desse triênio para o Brasil e para o mundo”. Sem demora, em 24 de setembro de 2016, no Rio de Janeiro/RJ, por intermédio do Sensitivo Cristão do Novo Mandamento Chico Periotto, o Irmão Flexa Dourada trouxe a resposta do Dr. Bezerra e vários outros comentários sobre a gravidade dos tempos atuais. Antes de transcrever a mensagem espiritual, recordo-lhes esclarecedora passagem do Evangelho de Jesus, segundo Marcos, 13:24 a 27 e 32 a 37:

A Vinda do Filho de Deus

24 Naqueles dias, após a grande tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará o seu resplendor,

25 e as estrelas cairão do céu, e serão abaladas as potestades que estão no firmamento.

26 Então, verão todos o Filho de Deus vir sobre as nuvens, com inigualável poder e grande glória.

27 E logo enviará os Seus Anjos para ajuntar os Seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu. (…)

32 A respeito, porém, desse dia ou dessa hora ninguém sabe, nem os Anjos do Céu nem o Filho, mas somente o Pai.

33 Estai, portanto, de sobreaviso. Vigiai e orai, porque não sabeis quando ocorrerá esse tempo.

34 Será como um homem que, empreendendo uma viagem, deixou a sua casa e deu autoridade aos seus servos, indicando a cada um a sua tarefa. Antes, porém, ordenou ao porteiro que mantivesse vigilância.

35 Vigiai, pois, visto que não sabeis em que dia e em que hora voltará vosso Senhor. Se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã;

36 para que, vindo ele de repente, não vos encontre dormindo.

37 O que digo a vós em particular, digo-o publicamente a todos: Vigiai!

Fiz questão de lhes destacar o versículo 32: “A respeito, porém, desse dia ou dessa hora ninguém sabe, nem os Anjos do Céu nem o Filho, mas somente o Pai”.

Essas palavras de Jesus têm como objetivo nos alertar a fim de que não nos prendamos cegamente às datas do calendário humano para situar previsões divinas. O Tempo de Deus, como já lhes afirmei nas pregações de O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração*1, não segue as mesmas referências da contagem terrena dos dias. Contudo, isso não significa ficarmos alheios aos sinais dos acontecimentos profetizados nas Escrituras Sagradas. Nosso papel é permanecer vigilantes e em oração, cumprindo o dever que cabe a cada um de nós desempenhar no mundo.

Vamos, agora, ao recado da Pátria da Verdade, do qual foi portador nosso querido Irmão Flexa Dourada. O texto é longo, mas merece dedicada reflexão daqueles que não desejam ser apanhados de surpresa ou atropelados pelos eventos mundiais:

*****

Espírito Irmão Flexa Dourada

(Rio de Janeiro/RJ, 24 de setembro de 2016.)

Dificuldades jamais vistas no mundo

1) Salve, Jesus!

 2) O Dr. Bezerra responde ao Irmão de Paiva: que todos leiam o capítulo 24 do Evangelho de Jesus, segundo Mateus, integral, versículos de 1 a 51. E também o Apocalipse de Jesus, capítulo 6. Esses dois textos bíblicos são entrelaçados.

 3) Esse capítulo do Evangelho, com esse capítulo do Apocalipse, tem tudo a ver com o que o Irmão de Paiva pergunta sobre os próximos três anos.

 4) Estamos vivendo momentos de dificuldades jamais vistas na Humanidade e precisamos nos preparar, fortalecendo primeiro os corações, o sentimento, a Alma.

 5) E Jesus exorta a essa vigilância quanto à Paz, sobre os acontecimentos no final dos tempos e tudo o que precisamos saber.

 6) Qual a maior luta do Mundo Espiritual Superior agora? Está tentando, de toda  forma, evitar essa catástrofe de acontecimentos que podem vir de uma hora para a outra.

 7) A Humanidade se perdeu. Está dentro do mar aberto e não sabe para onde ir. Em vez de entrar no barco do Cristo, onde temos Leis Espirituais que podem ajudar a todos, prefere nadar, até se cansar, para lugar nenhum. E depois? Afundar.

 8) Os Espíritos [de Deus] estão trabalhando para tentar ajudar a evitar e mudar o percurso.

 9) Mas os homens insistem nas catástrofes, a partir das catástrofes dos sentimentos, da crueldade.

Continuar trabalhando por Jesus e Sua Volta Triunfal

10) Devemos continuar a trabalhar por Jesus, pisando no acelerador na prática do Bem.

 11) Então, Irmão de Paiva, o que temos que fazer, no Espaço e na Terra, é continuar a trabalhar por Jesus; é propagar tudo o que seja sobre Ele e sobre a Volta Dele [como sempre tem feito a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo]. “Ah, mas quando Ele volta?”. Isso é Ele que sabe. Ele é que determina. Ele é que manda os sinais.

O perigo do afunilamento

12) Mas a Humanidade está chegando ao ponto do afunilamento, e esse é o perigo, porque hoje as consequências são imprevisíveis. E os Espíritos [de Deus] ainda tentam evitar, ainda tentam diminuir o impacto, porque muitas dores virão. Esse é o ponto principal. A Humanidade conflagrada é uma Humanidade de consequências inimaginadas.

 13) E precisamos todos estar pensando, orando, trabalhando pelas Causas de Jesus para merecer a proteção, merecer a Aura do próprio Cristo, porque os que estiverem nessa vibração serão poupados, na Terra e no Espaço também.

Jesus trouxe personalidades de outros tempos para as lides da Boa Vontade

14) Todos temos compromissos pesados assumidos. Não foi à toa que veio tanta gente da Humanidade de outros tempos para reforçar a linha de frente dos perseverantes de Boa Vontade. (…) Estão aí. Jesus os trouxe para ajudar a disseminar, a fazer com que tudo que tenha que ser dito, que tenha que ser pregado, seja pregado, seja dito.

 15) O Irmão de Paiva, que tem milênios de experiência na Alma, sabe de tudo e, por isso, dá microfones para esses Espíritos reencarnados, manda eles pregarem, manda eles escreverem, manda fazer isso pelo Cristo!

 16) Que todos estejam integrados no espírito da Quarta Revelação [a de Deus, do Cristo e do Espírito Santo]!

 17) E aí as Almas precisam se transformar. O grande trabalho da Quarta Revelação é a transformação das Almas para melhor. (…) A transformação das Almas para melhor é o que se espera de todos.

Seguir sempre a Agenda Espiritual

18) E isso se chama livre-arbítrio. Cada um, quando volta à Terra, pode proceder da maneira que seu coração e seu Espírito pedem. Por isso que o Dr. Bezerra lembra sempre da Agenda Espiritual.

 19) Temos que pensar assim: Eu quero fazer isso, mas o que diz a minha Agenda Espiritual? Se lá não está dizendo isso, por que quero fazer isso?

 20) Vejam que a Humanidade ainda está distante [desse raciocínio]. Por isso que ela atrai guerra, por isso que ela atrai hecatombe, por isso que ela atrai confusão.

Novos tempos bons virão para a Humanidade

21) Mas o trabalho não para, e a Quarta Revelação tem que continuar até a Volta do Cristo e além da Volta Dele, como o Irmão de Paiva prega. Porque novos tempos bons virão também para a Humanidade.

 22) Reforço: novos tempos bons também. Não pensemos só no pior. A depuração existe para que algo melhor surja. E é nesse sentido que o Mundo Espiritual trabalha. Se temos que passar por isso, passemos por isso, mas vislumbrando o que vem lá na frente depois disso tudo. Porque assim os nossos Espíritos vão querer perseverar sempre em busca das Bem-Aventuranças do Cristo*2.

 23) O perseverante vai sentar no trono Dele… [“Ao vencedor, Eu o farei sentar-se comigo no meu trono, assim como também Eu venci e me sentei com meu Pai no Seu trono de glória” (Apocalipse, 3:21).]

 24) Vai ser por Ele mesmo condecorado, porque perseverou, porque trabalhou por Jesus, pelas causas da Humanidade.

 25) (…) Portanto, é preciso cuidar da Humanidade. Pelo menos dar a ela um roteiro que possa ser indiscutível, que possa ser uma vitória na vida da Humanidade. Porque a Humanidade não vai acabar. Ela resiste. Mesmo sofrendo, mesmo passando por hecatombes. Jesus não vai acabar com a Humanidade. Não é esse o propósito. A depuração das Almas, dos Espíritos, ocorre pelos atos dos seres humanos e dos seres espirituais também: os encarnados e os desencarnados.

Preparar as gerações

26) Mas Jesus vai dar continuidade a tudo. Por isso, as gerações precisam ser sempre preparadas. O Irmão de Paiva cuida; rega, rega, rega os corações, como se regasse a plantinha que precisa crescer. Ainda é frágil aos olhos humanos, mas faz com que isso suba, cresça e se torne grande, e árvore frondosa, com frutos maravilhosos, e até que vire um pomar, e comece a abastecer outros corações, outras árvores, outros sentimentos, enfim…

O Sol Jesus brilha para as IBVs de Deus

27) “O Sol brilha para as Instituições da Boa Vontade de Deus”, diz aqui o Dr. Bezerra de Menezes.

 28) O Sol da Caridade. Assim diz a LBV, desde os seus primórdios, e é uma grande realidade. [“Jesus é o Sol da Caridade”, dizia o Irmão Alziro Zarur (1914-1979).]

 29) Nada melhor do que ser amparado pela Caridade do Sol Jesus.

 30) Salve, Jesus!

*****

Sermão do Fim dos Tempos

Vamos, portanto, à leitura e análise — em Espírito e Verdade, à luz do Novo Mandamento do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista — do “Sermão do Fim do Mundo”, também chamado “Sermão Escatológico”. Mas preferimos dizer “Sermão do Fim dos Tempos”, porque o planeta não vai acabar*3. Vai extinguir-se a maldade, que faz sangrar nosso querido orbe:

O sermão profético.

O princípio das dores

(Evangelho de Jesus, segundo Mateus, capítulo 24, integral.)

1 E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se Dele os Seus Discípulos para Lhe mostrarem a estrutura dele.

2 Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade, em verdade vos digo que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada.

3 E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os Seus Discípulos em particular e Lhe pediram: Dize-nos, Senhor, quando sucederão essas coisas e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?

4 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, para que ninguém vos engane,

5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.

6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é necessário que tudo isso aconteça, mas ainda não é o fim.

7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.

8 Contudo, tudo isso é apenas o princípio das dores.

O terremoto de Lisboa

Sabemos que muitos terremotos aconteceram e continuarão ocorrendo no planeta. No entanto, gostaria de chamar a atenção para um em específico: o terremoto de Lisboa, como é conhecido, conquanto suas consequências atingiram muito além das terras portuguesas. O professor William Herbert Hobbs (1864-1953), geólogo norte-americano, a respeito dele diz o seguinte:

— Entre os movimentos da Terra, que nos tempos históricos têm afetado o Reino de Portugal, o de 1o de novembro de 1755 ocupa o primeiro lugar, em muitos aspectos, em relação a todos os terremotos registrados. Os primeiros choques desse terremoto vieram sem nenhuma outra advertência senão a do som profundo semelhante a trovão, que aparentou vir debaixo da terra e imediatamente foi seguido de um tremor que jogou abaixo quase a cidade inteira. Em seis minutos, pereceram 60 mil pessoas.

De fato, foi um terremoto de proporções monumentais e de tremenda influência, pois as pessoas por todo o mundo ficaram fortemente comovidas com aquele doloroso acontecimento. James Parton (1822-1891), escritor inglês, conta:

O terremoto de Lisboa de 1o de novembro de 1755 parece ter posto tanto os teólogos como os filósofos na defensiva. (…) Às nove horas e quarenta minutos daquela manhã, Lisboa estava imóvel, magnífica em um local dos mais pitorescos e imponentes do mundo uma cidade de magnífico acesso, colocada precisamente onde todas as circunstâncias concorreram para dizer aos fundadores: “Construí-me aqui!”, pois essa cidade em seis minutos estava em ruínas. (…) Metade do mundo sentiu a convulsão telúrica. (…) Por muitas semanas, conforme vemos nas cartas e memórias daquele tempo, as pessoas em afastadas partes da Europa iam para suas camas apreensivas, sentindo-se aliviadas pela manhã, ao ver que tinham escapado da sorte de Lisboa uma noite mais.

O terremoto de Lisboa levou os seres humanos a pensarem no Grande Dia da Ira de Deus (Apocalipse, 15:1). O famoso filósofo francês Voltaire (1694-1778) ficou também profundamente comovido, sabemos. Ele, aliás, escreveu:

— Não é permitido a um indivíduo pensar em si mesmo em meio a uma desolação tão geral… Foi o Último Juízo para aquela região, não faltando senão a trombeta.

Quer dizer, a trombeta apocalíptica. É bom meditarmos sobre o assunto.

Tragédia construída tijolo a tijolo

Ao ocorrerem esses fatos profetizados, muita gente se verá — antes e durante também — na situação do cético Voltaire. Seremos convocados a refletir. Vivemos ainda uma época de racionalismo e de incredulidade bastante acentuados, mas o pensamento das criaturas vai voltar-se para Deus, a ponto de reconhecerem a insuficiência humana e a instabilidade da Terra, a que tanto se apegam. Mas esse “apego” não garante que deixem de poluir tudo, desmatar, envenenar rios e mares etc. Quem constrói tijolo a tijolo a tragédia é o próprio ser humano; não é Deus, não, pessoal! Não O responsabilizemos por nossos atos bestiais, dizendo que o Criador está amaldiçoando os Seus filhos com o Apocalipse, nem Jesus com o Seu famoso Discurso dos Tempos Finais. Cada um colhe aquilo que semeia. A cada ação corresponde uma reação. Não há efeito sem causa. O Armagedom, a guerra total e final e a Grande Tribulação expressam somente consequências das explosões do sentimento humano, das lavas do ódio que jorramos de nosso íntimo. O próprio indivíduo esculpe o seu destino. Não é Deus que amaldiçoa a Terra com o Apocalipse, não! Somos nós que o fazemos com as nossas traquinices. O prêmio da desumanidade é a desumanidade. Vejam o Apocalipse, o Armagedom e a Grande Tribulação explicados em poucas palavras por um mentor das Claridades Divinas:

— A semeadura é livre, mas a colheita, obrigatória.

Cada um vindima o que cultiva.

Sobe ao palco do mundo o Professor Sofrimento

O terremoto de Lisboa, de 1755, repito, fez muita gente pensar, mas o ser humano se esquece dos fatos com facilidade. Está sempre atraído pelo apelo do gozo das coisas imediatas. Durante milênios, Jesus tem procurado, pelo Amor Fraterno, colocar os povos no caminho da verdadeira felicidade; porém, a maioria não o quer. Quando se despreza esse Roteiro Celeste, comparece ao palco do planeta o Professor Sofrimento. Ele se apresenta na forma da Mestra Dor para uma necessária cirurgia no mundo, de forma a extirpar o que está apodrecido, gangrenado. Vem e cumpre a sua tarefa de depuração, faz a assepsia no corpo planetário que estava agonizante, tomado pela infecção.

Olhe, minha gente, isso é muito sério! Não somos um saco de carne, músculos, ossos e sangue. Temos um Espírito Eterno que precede esse envoltório material e que precisa ser cuidado, alimentado pelo Amor Fraterno, banhado pelo sentimento da Caridade Completa, para que não se torne frio como um metal, indiferente ao padecimento das massas.

Por isso, continuemos com a advertência do Divino Amigo da Humanidade, em Seu Sermão do Fim dos Tempos:

9 Porque vos haverão de entregar para serdes atormentados e vos matarão. E sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.

10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros.

11 E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.

Agora, atenção!

12 E, por se multiplicar a iniquidade no mundo, o Amor se esfriará em muitos corações.

E aqui está a chave:

13 Mas aquele, porém, que perseverar até ao fim será salvo.

14 E este Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Só então virá o fim.

Ninguém vai conseguir destruir a Terra

De quem é este Evangelho do Reino? De Jesus!

Para quê? Ele diz:

— … para testemunho a todas as nações.

Ele não mandou pregar só em Israel. Instruiu para começar lá e depois estender a Sua palavra ao mundo inteiro: em testemunho a todas as gentes.

E este Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo.

 Daí a importância da internet nestes tempos atuais.

—  Só então virá o fim.

O fim de quê? Do planeta? Bem, da maneira com que os seres humanos estão agindo, dá até para ficar temeroso. Porém, tudo isso já estava registrado no Apocalipse. Vemos lá que, depois de sucederem tantas coisas escabrosas, terríveis, semeadas por nós, surgirá no mundo, conforme promessa constante no Livro das Profecias Finais, 21:1:

— E vi novo Céu e nova Terra, porque o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

Quer dizer: o planeta não será extinto. Graças a Deus, não conseguiremos destruir nossa única morada. Porém, “poucos homens restarão”, no dizer do notável Profeta Isaías, 24:6. Preparemo-nos, portanto, para uma profunda transformação.

Voltemos ao estudo do Evangelho do Cristo, segundo Mateus, capítulo 24.

O sermão continua.

A Grande Tribulação

15 Quando, pois, virdes a abominação da desolação de que falou o Profeta Daniel, no lugar santo (qui legit intelligat — quem lê entenda),

16 então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes.

A abominação da desolação no lugar santo

Os Tempos chegaram! Os sinais estão aí para quem quiser vê-los. Há muito temos analisado a profecia da abominação desoladora no lugar santo. No Sermão Profético, Jesus utiliza-se do vaticínio de Daniel (11:31 e 12:11), no Antigo Testamento, para anunciar os fatos derradeiros deste ciclo apocalíptico.

No exame que faço desses versículos 15 e 16, do Evangelho, segundo Mateus, capítulo 24, em Somos todos Profetas (1999), pergunto: Que lugar mais santo no mundo pode existir além da intimidade das criaturas de Deus, o coração, o cérebro, a Alma das pessoas?

Prosseguindo com nossa análise:

17 E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa;

18 E quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes.

19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20 E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado.

 

Sim, porque, no inverno, as coisas são mais dolorosas. E no sábado, pois é o dia consagrado pelos judeus ao Senhor, o Dia Santo, o Sabbath, em que é preciso se abster de uma série de atividades.

21 Naqueles dias, haverá grande tribulação como nunca houve desde a criação do mundo até agora, e nem haverá jamais.

22  E, se o Senhor Deus não abreviasse aqueles dias, ninguém seria salvo, mas Ele o fará em atenção aos eleitos que escolheu, dando a cada um de acordo com as obras de cada um.

23 Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito;

24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fosse, enganariam até os escolhidos.

Seremos pesados, medidos, julgados

Naturalmente, esse versículo 22 se refere aos que se fizeram escolhidos pelo seu próprio comportamento digno. Jesus não afirmou que “a cada um será dado de acordo com as suas próprias obras” (Evangelho, segundo Mateus, 16:27)? Do contrário, alguém pode pensar que existam privilegiados, enquanto que no Tribunal Celeste a medida do julgamento e a aplicação das leis de Amor se fundamentam no que tivermos praticado. Nós é que nos tornamos privilegiados pelas nossas ações dignas diante de Deus, da Justiça Divina e do que é correto na comunidade, na sociedade, enfim, na vida particular ou coletiva. O outro lado da moeda é aplaudir a loucura que se espalha por toda a Terra.

A exemplo da escola em que não podemos passar de ano sem estudar, a vida segue o mesmo caminho. Quem deseja reconhecimento sem méritos, de mãos vazias de obras, está se enganando. No cotidiano, quem adota essa postura se dá muito mal, mesmo que tenha milhões de patronos, de padrinhos… Um dia, a existência o convocará a provar a sua capacidade, seus conhecimentos. E o que ocorrerá com aquele que não se esforçar em aprender e caminhar com as próprias pernas?… Será engolido pelo vácuo que houver deixado em sua jornada.

É isto, meu Irmão, minha Irmã: obras! Trabalho que honre a nossa trajetória neste mundo, porquanto, é por nossos atos, bons ou maus, que seremos pesados, medidos, julgados.

*****

ADENDO

Alimentar de Esperança a Alma dos perseverantes no Bem

Em 8 de fevereiro de 2003, no Rio Grande do Sul, Brasil, o Irmão Flexa Dourada ressaltava-nos que o Armagedom — citado pelo Apocalipse de Jesus (16:16), na exposição do Sexto Flagelo, o qual tanta gente teme — é até uma tragédia muito pequena em vista da Grande Tribulação, anunciada por Jesus em Seu Evangelho, segundo Mateus, 24:21 e 22:

Naqueles dias, haverá grande tribulação, como nunca houve desde a criação do mundo até agora, e nem haverá jamais. E, se o Senhor Deus não abreviasse aqueles dias, ninguém seria salvo, mas Ele o fará em atenção aos eleitos que escolheu, dando a cada um de acordo com as obras de cada um.

Vale destacar que Jesus, no mais tormentoso momento da história humana, alimenta de Esperança a Alma dos perseverantes no Bem. E percebemos o cumprimento de Sua promessa no Apocalipse, 7:14 e 15, quando são identificados os que estão trajando vestes brancas diante do Cordeiro de Deus:

14 São estes os que vêm da grande tribulação, que lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue de Cristo Jesus,

15 razão por que se acham diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu Templo; e Aquele que se acha sentado no trono estenderá sobre eles o Seu tabernáculo, e habitará sobre eles.

Na mesma mensagem espiritual, nosso amigo Flexa Dourada, sempre em sintonia com a pregação da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, buscou demonstrar como seria a catástrofe da Grande Tribulação, recorrendo ao Profeta Isaías, 24:20:

A terra cambaleia como um bêbado e balanceia como rede de dormir; a sua transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará.

Alertou ainda que esse fato astronômico pode ocorrer por força do uso de armas bélicas, levando a um deslocamento do eixo da Terra, o que deixaria instável a gravidade do planeta.

Como lhes tenho constantemente demonstrado, está tudo descrito na Bíblia Sagrada. Vejam, por exemplo, o que afirma Zacarias, em seu livro, capítulo 13, versículos 8 e 9, igualmente no Antigo Testamento:

8 Em toda a Terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados e perecerão, mas a terceira parte restará nela.

9 Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e Eu a ouvirei; direi, então: é meu povo, e ela dirá: o Senhor é meu Deus!

Nosso papel, portanto, não é assustar ninguém, mas preparar as criaturas para sobreviverem a esse estado de coisas, que a própria Humanidade vem construindo pelos milênios.

*****

Milagres existem. Só que, perante a Lei de Deus, não são milagres

Em relação ao versículo 24 (desta análise que fazemos do Evangelho do Cristo, segundo Mateus, capítulo 24),

porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fosse, enganariam até os escolhidos,

nós sabemos que há seres humanos nos quais o dom de Deus permite realizar os chamados milagres. São emissários da Bondade Divina, neste orbe de sofrimentos. Por isso, a responsabilidade daqueles que possuem os dons espirituais desenvolvidos é imensa. Caso utilizem a confiança que receberam de Deus de forma a prejudicar ou enganar as pessoas, serão severamente cobrados pela mesma Lei Divina que lhes conferiu tais capacidades (mediúnicas).

Na obra que venho preparando, Tesouros da Alma, transcrevo antigo esclarecimento que fiz, no início da década de 1980, ao responder à pergunta de um jovem repórter. Declarei-lhe que milagres existem. Só que, perante a Lei de Deus, não são milagres…

Um dia, o Mecanismo Celeste que os rege será desvendado pela Ciência humana. Nessa ocasião magnífica, mais comovente será o entendimento dele. E eles, os milagres, serão multiplicados, porque seremos mais bem versados em sua Legislação Excelsa.

Voltemos ao capítulo 24 do Evangelho, segundo Mateus.

25 Eis o que Eu vos tenho predito.

26 Portanto, se vos disserem: Eis que Ele está no deserto; não saiais. Eis que Ele está no interior da casa; não acrediteis.

27 Pois assim como o relâmpago irrompe do oriente e fuzila até o ocidente, iluminando todo o céu de uma extremidade à outra, será também o dia da vinda do Filho de Deus.

28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres*4. [Quer dizer, esse fato é inderrogável.]

O sermão continua.

A vinda do Filho de Deus

 29 Também naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará o seu resplendor, as estrelas cairão do céu, e serão abaladas as potestades que estão no firmamento.

30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho de Deus, e todos os povos da Terra se lamentarão e verão o Filho de Deus vindo sobre as nuvens, com Poder e Grande Glória.

31 E logo enviará os Seus Anjos para ajuntar os Seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da Terra até a extremidade do Céu.

32 Escutai uma parábola tirada da figueira. Quando os seus ramos já se encontram tenros e as folhas brotam, sabeis que está perto o verão. 

33 Assim também, quando virdes acontecerem essas coisas, sabei que a vinda do Filho de Deus, para o Juízo Final, estará perto, às portas.

34 Em verdade, em verdade, vos digo que não passará esta geração sem que se cumpram todas estas coisas.

35 Passará o Céu, passará a Terra, mas as minhas palavras não passarão!

O sermão continua.

Exortação à vigilância

 36 A respeito, porém, desse dia ou dessa hora ninguém sabe, nem os Anjos do Céu nem o Filho, mas somente o Pai.

37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho de Deus.

38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,

39 E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho de Deus.

40 Então, estando dois no campo, um será levado, e o outro será deixado;

41 Estando duas trabalhando no moinho, uma será tomada, e a outra será deixada.

42 Estai, portanto, de sobreaviso. Vigiai, porque não sabeis quando ocorrerá esse tempo.

43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.

44 Vigiai, pois, visto que não sabeis em que dia e em que hora voltará vosso Senhor. Se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que vindo de repente não vos encontre dormindo.

O sermão continua.

A parábola dos dois servos

 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?

46 Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.

47 Em verdade, em verdade, vos digo que lhe confiará todos os seus bens.

48 Porém, se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;

49 E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios,

50 Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe,

51 E o castigará, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.

Fim da civilização da rapina e do ódio

Está aí a passagem do Evangelho de Jesus, segundo Mateus, capítulo 24. É tão clara para aqueles que “têm olhos de ver e ouvidos de ouvir”. Tem tudo a ver com os tempos que estamos vivendo.

Não queremos aqui apavorar ninguém. Apenas nos aprofundamos nessa análise acerca do Sermão Profético de Jesus, pois não desejamos ser apanhados de surpresa. Contudo, a semeadura que se têm feito vem arrastando o planeta Terra para essa encruzilhada.

Por causa da impertinência dos seres humanos em não aceitarem, em virtude de seus atos, os convites do Amor Divino — a Suprema Fraternidade —, é convocado à cena o Professor Sofrimento.  Onde o Amor não consegue se estabelecer, a dor vem e atua. E, por vezes, age de forma avassaladora, pela urgência do corpo que delira, arde em febre, tomado pela infecção que necessita do corte cirúrgico urgente.

A semeadura é essa, minha gente! Mas em compensação, pelos milênios, muitos semearam o Amor, a Verdade, a Justiça, o Trabalho pela harmonia dos seres espirituais e humanos. Também esses receberão seu prêmio, o patrimônio augusto, neste encerramento de ciclo, que determinará finalmente o desaparecimento da civilização da rapina e do ódio.

Como fiz constar em meu livro Jesus, o Profeta Divino (2011), quanto a tudo o que está anunciado, façamos dedicadamente a nossa parte, confiemos em Deus e tenhamos a tranquilidade na Alma, pois o Profeta Divino está no comando. Ora, como Jesus gloriosamente volta, retorna para algo que continua existindo, o planeta Terra.

Ao finalizar este estudo, deixo à meditação de todos, por sugestão igualmente do nobre Dr. Bezerra de Menezes, os Selos do Apocalipse (capítulo sexto integral do livro da Revelação), que já comentamos em muitas oportunidades*5.

O Cordeiro de Deus abre os selos

(Apocalipse de Jesus, segundo São João, capítulo 6.)

O Primeiro Selo

1 Vi quando o Cordeiro de Deus abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes, dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem e vê!

2 E olhei, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e lhe foi dada uma coroa; e Ele saiu vencendo e para vencer.

O Segundo Selo

3 Quando o Cordeiro de Deus abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente que dizia: Vem e vê!

4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro lhe foi dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; e lhe foi dada uma grande espada também.

O Terceiro Selo

5 Quando o Cordeiro de Deus abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente, dizendo: Vem e vê! Então, apareceu um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.

6 E ouvi uma voz no meio dos quatro seres viventes que dizia: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.

O Quarto Selo

7 Quando o Cordeiro de Deus abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, dizendo: Vem e vê!

8 E surgiu um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: e o Inferno o estava seguindo, e lhes foi dada autoridade sobre a quarta parte da Terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da Terra.

O Quinto Selo

9 Quando o Cordeiro de Deus abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que Dele tinham dado.

10 Clamavam em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, Santo e Verdadeiro, esperas Tu para nos fazeres justiça e vingar o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?

11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes foi dito que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e o de seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.

O Sexto Selo

12 Vi quando o Cordeiro de Deus abriu o sexto selo, e eis que sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como um saco de crina, a lua toda como sangue,

13 as estrelas caíram do céu sobre a Terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes,

14 e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos dos seus lugares.

15 Os reis da Terra, os príncipes, os grandes, os tribunos, os comandantes, os ricos, os poderosos, e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes,

16 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, escondei-nos da face Daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro de Deus,

17 porque chegou o grande dia do furor deles. Quem poderá sobreviver?

 

Muito grato a todos pela atenção.

Quem confia em Jesus não perde o seu tempo, porque Ele é o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho.

Quanto mais perto de Jesus, mais longe dos problemas!

Servir a Jesus não é sacrifício. É privilégio!

Que a Paz de Deus esteja agora e sempre com todos nós!

Deus Está Presente!

Viva Jesus em nossos corações para sempre!

Assim seja!

 


*1 O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração — Histórica série radiofônica de Paiva Netto com mais de 450 programas. Foi transmitida pela primeira vez entre outubro de 1990 e fevereiro de 1992. Em virtude de seu teor espiritual e facilidade de entendimento por todas as pessoas, logo se tornou sucesso de audiência e popularidade.

*2 As Bem-Aventuranças do Cristo — Não somente o Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 5:1 a 12, registra Bem-Aventuranças, entre as quais as do Sermão da Montanha. Em seu estudo O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, o Irmão Paiva Netto chama-nos a atenção para as Sete Bem-Aventuranças do Apocalipse (1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7; e 22:14). Adquira e leia os títulos dessa coleção sobre o Livro das Profecias Finais pelo Clube Cultura de Paz. Ligue 0300 10 07 940 ou acesse www.clubeculturadepaz.com.br.

*3 O planeta não vai acabar — Leia mais em As Profecias sem Mistério (1998), do escritor Paiva Netto, 84a edição, páginas de 71 a 74.

*4 Em algumas traduções bíblicas também encontramos “águias”.

*5 Leia mais em Somos todos Profetas (1999), do escritor Paiva Netto, páginas de 173 a 182.

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