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Incêndios no mundo e as Trombetas do Apocalipse

O aumento da temperatura global influenciando as queimadas

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Fumaça dos incêndios já chega ao Brasil (Foto: Divulgação/INPE)

Ilha do Canguru, na Austrália, antes e depois das queimadas (Foto: Aaron Coleman/Instagram/Kayne Davis/Facebook)

Há tempos a humanidade vem recebendo alertas acerca do perigo que uma postura despreocupada quanto às necessárias modificações em nossa relação com o meio ambiente pode provocar. Em 2007, um relatório*1 publicado por cientistas do Intergovernmental Panel on Climate Change*2 (conhecido como IPCC) destacou que evidências observacionais de todos os continentes e da maioria dos oceanos mostram que muitos sistemas naturais estão sendo afetados por mudanças climáticas regionais, particularmente aumentos de temperatura. Entre as causas dessas mudanças, encontra-se o número crescente do nível de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera — gás do efeito estufa mais emitido pela ação humana. Paralelamente, as consequências disso se multiplicam no mundo.

Um exemplo recente encontramos nos incêndios florestais que vêm afetando a Austrália desde setembro do ano passado. Considerado um evento natural no país (já que há uma temporada de queimadas prevista anualmente), a intensidade que esse ciclo anual apresentou nas queimadas dos últimos meses tem alarmado não só o governo australiano, mas também líderes de diversos outros países, provocando uma comoção internacional. Fumaças oriundas das queimadas inclusive já chegaram ao Brasil*3. A dimensão catastrófica desse acontecimento — para termos uma ideia, até agora mais de 10 milhões de hectares de terra foram queimados, região maior que o território de Portugal — nos leva a questionar o que aconteceu para que tanta destruição ocorresse em tão pouco tempo.

Frequência e intensidade cada vez maiores

É certo que flutuações climáticas são naturais em nosso planeta; contudo, diversos cientistas têm chamado a atenção para o fato de que, comparada ao passado (principalmente ao período pré-industrial), a temperatura global vem aumentando rapidamente. Os efeitos disso incluem condições climáticas extremas, de calor e de frio intensos. Em 2019, por exemplo, foi registrado por especialistas em alterações climáticas, um fenômeno chamado “Dipolo do Oceano Índico” (semelhante ao El Niño do Oceano Pacífico) que causa diferenças na temperatura da superfície oceânica nos dois polos do Índico. Neste último relatório, no entanto, foi percebido um índice mais intenso nas alterações, em um conjunto de dados observado desde 2001, fator que provocou chuvas torrenciais na costa africana e longos períodos de seca na costa australiana. Somado a isso, a temperatura na Austrália bateu recordes: a máxima chegou a 48.9ºC em 4 de janeiro de 2020. A comunidade científica já havia previsto que, apesar das mudanças climáticas não serem a causa direta das queimadas, um clima mais quente e seco poderia favorecer para uma frequência e intensidade cada vez maior delas. Segundo o dr. Richard Thornton, executivo-chefe do Bushfires & Natural Hazards Co-operative Research Centre, a temperatura na Austrália está atualmente 1ºC acima da média, e a temporada de queimadas tem começado cada vez mais cedo: “Começaremos a ver o extremo da escala de comportamento do fogo ocorrer com mais frequência devido ao aumento das temperaturas”.

Infelizmente, os resultados de um evento como esse são dolorosos: além da perda de uma parte significativa de área verde, até agora mais de 20 pessoas vieram a óbito, e um estudo estima que em todo o território australiano, mais de um bilhão de animais pereceram por conta dos incêndios florestais.

Além do aumento na intensidade das queimadas, o aquecimento global também contribui para o derretimento das geleiras, o que prejudica a fauna local (Foto: Getty Images)

A melodia das Trombetas do Apocalipse

José de Paiva Netto, Presidente-Pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, em seu livro Somos todos Profetas (1991), traz-nos importante reflexão sobre as ações humanas e suas consequências, fazendo-nos refletir, nesta conjuntura, a respeito das questões ambientais: Quando no Apocalipse aludimos a uma trombeta, a um flagelo, a um selo, dizemos que é essencialmente isto ou aquilo, mas não unicamente isto ou aquilo. Tudo se inter-relaciona na Profecia. Se assim não fosse, seria como se alguém pretendesse que o corpo humano fosse formado apenas pelo coração. Sabemos que sem o chamado ‘órgão do sentimento, o corpo morre, mas ele próprio não tem vida isolada produtiva. Assim, também não há um fato na vida que não resulte em efeitos, mais cedo ou mais tarde, neste mundo ou no outro”. Logo, o Livro das Profecias Finais apresenta os reflexos das atitudes individuais e coletivas em nosso orbe. Como nos esclarece o escritor, em sua obra Tesouros da Alma (2018), as Trombetas anunciam acontecimentos de grande magnitude, causados pela própria ação humana desregrada: os Anjos das Sete Trombetas — que, na atualidade, em análise simples, significam fatos políticos e fatos político-guerreiros — quando as tocam, não o fazem aleatoriamente. Estão externando o que os Sete Selos (Apocalipse, capítulos 6 e 8) revelam acerca do nosso sentimento, expresso na partitura musical que, com as nossas atitudes, compusemos. Nós é que produzimos a trágica ou bela melodia que os Anjos executarão. O Apocalipse é, portanto, traçado por nós, quando respeitamos ou infringimos as normas do Criador”.

Em vista de calamidades crescentes e dificuldades previstas, o que podemos, então, fazer hoje para que a melodia das Trombetas deixe de ser tão trágica? Cientistas argumentam que os efeitos do aquecimento global podem ser revertidos, mesmo que a longo prazo, com alguma segurança se conseguirmos frear o aumento da temperatura abaixo de 1,5ºC em relação ao período pré-industrial. Em relatório divulgado em 2018, o IPCC alertou que para que se atinja esse objetivo, serão necessárias mudanças rápidas, abrangentes e sem precedentes” em todos os aspectos da sociedade.

Atualmente, o planeta está quase 1ºC mais quente do que era antes da expansão industrial, de acordo com dados da World Meteorological Organization (WMO). Significa que ainda temos tempo, mesmo que pouco, para iniciarmos uma mudança de postura em prol do bem coletivo. Para isso, é preciso que governos do mundo todo se esforcem no cumprimento de resoluções coletivas, como o histórico Acordo de Paris, aprovado em 2015. O Brasil, um dos países integrantes do acordo, se comprometeu a reduzir suas emissões de gases poluentes em 43% até 2030. Além da atenção e da cobrança quanto ao cumprimento das metas estabelecidas, algumas atitudes simples e individuais também podem ajudar, entre elas: substituir a lâmpada comum por uma fluorescente compacta; dirigir menos e se locomover mais a pé, de bicicleta ou em transportes públicos; reciclar pelo menos metade do lixo doméstico; usar menos água quente; desligar equipamentos eletrônicos quando não estão sendo usados; entre outras ações.

Aliado ao estudo das profecias finais, o comprometimento diário de governos e sociedades na modificação de suas posturas pode promover mudanças profundas, capazes de evitar um prejuízo de proporções globais à vida. Conscientes do impacto que cada um pode ter nesse arranjo, convidamos todos a dedicarem uma atenção maior ao nosso lar coletivo, o planeta Terra, agindo cada vez mais para a preservação dele, pois como nos ensina o Irmão Paiva, “todo dia é dia de renovar nosso destino”.

_________________________

*1  Relatório completo: https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2018/02/ar4_syr_spm.pdf

*2 Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) – É uma organização científica criada por iniciativa do Programa das Nações Unidas para o meio ambiente e da Organização Meteorológica Mundial. Composta por cientistas de várias partes do mundo, já recebeu um Prêmio Nobel, no ano de 2007.

*3 Fumaça das queimadas chega ao Brasil – https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2020/01/07/fumaca-de-incendios-da-australia-chega-ao-brasil-veja-imagem.ghtml

*4 Dipolo do Oceano Índico – https://www.bbc.com/news/science-environment-50602971 

Outras referências:

https://www.bbc.com/news/world-australia-50980386

https://www.bbc.com/news/world-australia-50951043

https://www.bbc.com/news/science-environment-24021772

https://www.bbc.com/news/world-australia-50341210

https://www.bbc.com/news/science-environment-46384067

 

 

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